A religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações... - Tiago 1.27
Na época que Tiago escreveu esta carta havia uma grande quantidade de órfãos e viúvas por causa das frequentes guerras, doenças e fome.
Com quem essas pessoas podiam contar? Com os irmãos da igreja. Afinal, uma das marcas da verdadeira religião é assistir essas pessoas e auxiliá-las em suas necessidades.
João, em sua epístola, da mesma forma, trabalha o conceito do amor ao próximo culminando em atitudes concretas, ao invés de mero discurso.
Ora aquele que possuir recursos deste mundo, e vir a seu irmão padecer necessidade, e fechar-lhe seu coração, como pode permanecer nele o amor de Deus? Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade -
1 João 3.17,18
Contudo, um detalhe na Bíblia nos chama a atenção no que se diz respeito à pratica da caridade. Paulo ao escrever para os Gálatas dá a seguinte orientação:
Por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé - Gálatas 6.10
Isso ensina que a caridade deve ocorrer não apenas com os de fora, mas também com os que participam da igreja.
Na história da igreja em Atos 6.1 foram instituídos os diáconos na Igreja de Jerusalém para cuidar das viúvas. Em Atos 9.39 Dorcas desenvolvia um trabalho específico entre as viúvas.
Em 1 Coríntios 16.1, Paulo dá orientações acerca da coleta para ajudar os necessitados da igreja da Judéia. Em 1 Timóteo 5.2-16, Paulo dá diretrizes para a ajuda às viúvas que eram sustentadas pela igreja de Éfeso.
É claro que, diante do assistencialismo que vemos hoje em dia, é necessário que existam critérios bem definidos para que a ajuda chegue de fato para quem precisa.
Pois hoje há muita gente que fez da esmola e do assistencialismo um estilo de vida desonesto, abusando da boa vontade de outros.
Mas, acima de tudo, ajudar quem realmente precisa mostra que nossa religião não é mero discurso, mas ela é sinônimo de ação.