Como as missões jesuítas expandiram o catolicismo no século XVI


Destaques do Artigo:
🌍 Igrejas protestantes negligenciaram missões globais até o século XVIII.
✝️ Francisco Xavier e Mateo Ricci lideraram evangelização na Ásia e América.
🚢 Crescimento rápido da Igreja Romana, mas com bases frágeis.

Protestantismo e a ausência de missões no século XVI
Somente a I. C. Romana nesse período cuidou do trabalho missionário. As igrejas protestantes nada fizeram digno de referência especial, para levar o Evangelho aos povos pagãos.

Uma das razões dessa atitude foi que o protestantismo teve de lutar muito para sobreviver, mas também deve-se reconhecer que as igrejas protestantes ainda não tinham reconhecido como seu privilégio e seu dever o trabalho missionário, como fez depois.

Os grandes líderes da Reforma não deram sinal de realizar aquilo que é um dever de cada cristão: evangelizar os demais povos; e, naturalmente, os que continuaram o trabalho deles, caíram na mesma falta. O protestantismo só alcançou a sua grande visão missionária no século XVIII.

A expansão católica nas novas terras
A I. C. Romana por todo este período desenvolveu trabalho missionário ativo. Foi aberto um novo e grande campo para o cristianismo: as novas terras descobertas no ocidente e no oriente, aos fins do século XV e no XVI.

Os pioneiros da Igreja Romana apressaram-se a entrar nessas regiões, principalmente os franciscanos e os dominicanos.

Os governos dos países que realizaram essas descobertas, julgavam que a extensão do cristianismo era uma parte do seu dever com relação às novas terras.

Esta foi a razão por que frades e sacerdotes muitas vezes tomaram parte nas viagens de exploração e sempre estavam com os primeiros colonizadores.

Francisco Xavier: o apóstolo do Oriente
Os maiores missionários católicos, porém, foram os jesuítas. O trabalho missionário ajustava-se exatamente ao seu grande escopo de estender a igreja papal por todo o mundo e eles se atiraram a essa missão com heroísmo e zelo extraordinários.

Um dos primeiros companheiros de Inácio de Loioia, na organização da Sociedade de Jesus, foi o espanhol Francisco Xavier.



No ano em que a sociedade foi fundada, ele e dois outros jesuítas, foram à índia. Antes já se tinha feito algum trabalho missionário ali, sob o governo português. Xavier trabalhou na índia por quatro anos, principalmente ao longo da costa do extremo sul.

Seus métodos foram praticamente os dos missionários medievais. Depois de um pouco de instrução ministradas aos nativos com o auxílio de um intérprete, batizava vários deles num só dia.

Todavia Xavier demonstrou verdadeiro zelo apostólico na salvação dos homens, como ele próprio o entendia, e não poupou sacrifícios na realização da sua tarefa. Sob sua direção o trabalho cresceu de modo a necessitar que os jesuítas na Europa enviassem novos reforços.

Da índia, Xavier foi ao Japão. Ali estabeleceu o romanismo em 1549 e, em dois anos de trabalho, ele e seus companheiros lançaram os fundamentos de uma igreja romana japonesa que cresceu muito rapidamente.

Ansioso por levar a religião a novas terras, Xavier partiu para a China, tendo morrido em 1552, numa ilha próxima à costa chinesa.



Jesuítas na China: estratégia e conhecimento
A obra que, na China, Xavier não pôde realizar, realizou-a outro jesuíta, Mateo Ricci, que para lá se dirigiu em 1583.

Conseguiu ganhar as boas graças do imperador para o estabelecimento da religião católica ali, em virtude dos seus grandes conhecimentos de astronomia e de geografia.

Nessa parte da Ásia, o trabalho muito prosperou de sorte que várias centenas de missionários jesuítas foram enviados para ali, a fim de enfrentarem as necessidades da causa.




Missões nas Américas: desafios e legado
Nas possessões francesas da América, no Brasil e no Paraguai a obra missionária dos jesuítas também foi encetada com grande vigor e devoção.

Corajosamente os jesuítas franceses enfrentaram a obra missionária desde a foz do Rio S. Lourenço até os Grandes Lagos e, daí, à foz do Mississipe.

Em quase todos os países onde os jesuítas e outras Ordens trabalharam, a Igreja Romana cresceu rapidamente.

Mas este crescimento, como muitos historiadores católicos admitem, não foi substancial, o que vem provar que os métodos adotados não eram certos e apropriados. Não obstante, o zelo e o heroísmo de muitos desses homens são um legado precioso para sua igreja.

ÍNDICE

A preparação para o Cristianismo 

A fundação e expansão da Igreja 

A Igreja antiga (100 - 313) 

A Igreja antiga (313- 590) 

A Igreja no início da Idade Média (590 - 1073) 

A Igreja no apogeu da Idade Média (1073 - 1294) 

Decadência e renovação na Igreja Ocidental (1294 - 1517) 

Revolução e reconstrução (1517 - 1648) 

A era da Reforma (1517 - 1648) 
42 - Missões ⬅️ Você está aqui! 

O cristianismo na Europa (1648 - 1800) 

O Século 19 na Europa 

O Século 20 na Europa 

O cristianismo na América 

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