15 - As Riquezas da Igreja


3 - AS RIQUEZAS DA IGREJA

Propriedades da Igreja
Para se compreender a força dominante absoluta da Igreja na Idade Média, precisamos conhecer não somente a sua extensão territorial, mas igualmente, a magnitude das suas riquezas e possessões.

Sua riqueza consistia em terras e edifícios construídos para fins religiosos, com ricos mobiliários e ornamentos caríssimos, construções dos mais variados tipos destinadas aos fins mais diversos. A maior parte das terras pertencentes à Igreja vinha às suas mãos como doações de pessoas devotas.

Muita coisa também era conseguida por intermédio do direito feudatário [1], através dos bispados e mosteiros. Havia também os Estados Papais, uma grande região da Itália central sobre a qual o papa exercia o domínio de um soberano. 

Dum modo ou de outro, a Igreja dominava uma grande parte das terras da Europa ocidental. Não seria exagero afirmar que na França, Alemanha e Inglaterra a igreja dominava a quarta parte dos territórios. Na Itália e na Espanha ela possuía mais.


As rendas da Igreja
Uma renda incalculável de todas essas terras fluía continuamente para os cofres da Igreja, tanto as dízimas que eram as taxas eclesiásticas pagas por toda a gente, como os tributos que se cobravam pelos serviços religiosos, além das vendas das indulgências, que muito rendiam.

O papa recebia para si próprio os impostos dos Estados Papais e do óbulo de São Pedro, óbulo que todos pagavam. Também o papa cobrava um imposto, do clero e contribuições outras dos bispados, em virtude do ofício dos bispos, e arrecadava muitas outras taxas de várias naturezas.

Foi assim que essa grande igreja internacional se tornou o poder mais rico do mundo, ultrapassando, na Europa, a qualquer governo, em recursos financeiros. Mesmo que os homens não acreditassem na sua autoridade divina, ao menos a temiam por sua tremenda influência, por suas enormes riquezas.

Devemos lembrar, Todavia, que a Igreja mantinha muitas instituições de caridade. Hoje em dia muitas obras dessa natureza são realizadas pelos governos, por organizações particulares e instituições seculares, além do trabalho, das igrejas neste particular.

Mas na Idade Média as condições eram outras. Praticamente quase tudo era feito pela Igreja. Embora a maior parte das suas riquezas fosse gasta egoisticamente, em ostentações fastosas, justo é reconhecer que muito dinheiro era gasto também em benefícios dos doentes e dos pobres.

Por Robert Hastings Nichols

ÍNDICE


A preparação para o Cristianismo

01 - A contribuição dos Romanos, Gregos e Judeus
02 - Como era o mundo no surgimento do cristianismo

A fundação e expansão da Igreja
03 - Jesus e sua Igreja
04 - A Igreja Apostólica Até o Ano 100

A Igreja antiga (100 - 313) 
05 - O mundo em que a Igreja vivia (100 - 313)
06 - Características da Igreja Antiga (100-313)

A Igreja antiga (313- 590) 
07 - O mundo em que a Igreja vivia (313 - 590)
08 - Características da Igreja Antiga (313-590)

A Igreja no início da Idade Média (590 - 1073) 
09 - O mundo em que a Igreja vivia (590-1073)
10 - Características da Igreja no início da Idade Média 
11 - O cristianismo em luta com o paganismo dentro da Igreja

A Igreja no apogeu da Idade Média (1073 - 1294) 
12 - A Igreja no Ocidente - O papado Medieval - Hildebrando
13a - Inocêncio III
13b - A Igreja Governa o Mundo Ocidental
14 - A guerra da Igreja contra o Islamismo - As cruzadas 
15 - As riquezas da Igreja
16 - A organização da Igreja
17 - A disciplina e a lei da Igreja Romana
18 - O culto da Igreja
19 - O lugar da Igreja na religião
20 - A vida de alguns líderes religiosos: Bernardo, Domingos e Francisco de Assis
21 - O que a Igreja Medieval fez pelo mundo
22 - A igreja Oriental

Decadência e renovação na Igreja Ocidental (1294 - 1517)

23 - Onde a Igreja Medieval falhou
24 - Movimentos de protesto: Cataristas, Valdeneses, Irmãos
25 - A queda do Papado
26 - Revolta dentro da igreja: João Wycliff e João Huss
27 - Tentativas de reforma dentro da Igreja
28 - A Renascença e a inquietude social como preparação para a Reforma

Revolução e reconstrução (1517 - 1648) 
29 - A Reforma Luterana
30 - Como Lutero se tornou reformador
31 - Os primeiros anos da Reforma Luterana
32 - Outros desdobramentos da Reforma Luterana
33 - A Reforma na Suíça - Zuínglio
34 - Calvino - líder da Reforma em Genebra
35 - A Reforma na França
36 - A Reforma nos Países Baixos
37 - A Reforma na Escócia, Alemanha e Hungria

O cristianismo na Europa (1648 - 1800)
43 - A França e a Igreja Católica Romana
44 - A Igreja Católica Romana e a Revolução Francesa
45 - O declínio religioso após a Reforma
46 - O Pietismo
46 - A Igreja Oriental
47 - A Regra Puritana
48 - Restauração
49 - Revolução
50 - Declínio Religioso no começo do século 18
51 - O Reavivamento do Século 18 e seus resultados
52 - Os Pactuantes (Covenanters)
53 - O Século 18 na Escócia
54 - O Presbiterianismo na Irlanda

O Século 19 na Europa
55 - O Catolicismo Romano
56 - O Protestantismo na Alemanha, França, Holanda, Suíça, Escandinávia e Hungria
57 - O Movimento Evangélico na Inglaterra
58 - O Movimento Liberal
59 - O Movimento Anglo-Católico
60 - As Igrejas Livres
61 - As Igrejas na Escócia: despertamento, descontentamento e cisão
62 - As missões e o cristianismo europeu

O Século 20 na Europa
63 - História Política até 1935
64 - O Catolicismo Romano
65 - O Protestantismo no Continente
66 - A Igreja da Inglaterra
67 - As Igrejas Livres 
68 - A Escócia
69 - A Igreja Ortodoxa Oriental
70 - Outros países orientais
71 - O Movimento Ecumênico

O cristianismo na América
72 - As primeiras tentativas
73 - As Treze Colônias
74 - Reconstrução e reavivamento após a Guerra da Independência
75 - O Século 19 até 1830
76 - 1830 - 1861
77 - 1861 - 1890
78 - 1890 - 1929

Semeando Vida

Profundidade Teológica e Orientação Espiritual para Líderes e Estudiosos da Fé

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