Malaquias


A época
É ele o último escritor do Velho Testamento. Os filhos do cativeiro voltaram do exílio. O templo foi reconstruído, Jerusalém reedificada. Reformas salutares foram realizadas sob a influência de fiéis servos de Deus: o sacerdote Josué (Zacarias 3), o escriba Esdras, os governadores Zorobabel (Ageu 1:1) e Neemias, os profetas Ageu e Zacarias.

Passam-se uma ou duas gerações e já Israel esquece a lei do Senhor, afrouxa seus costumes e se afasta de Deus. É o momento que Deus escolhe para levantar a última testemunha do Velho Testamento.

O autor
Nada se sabe a seu respeito; ele não é citado nos livros históricos, e na introdução de sua profecia não há informação de ordem pessoal.

Mas a natureza de suas exortações permite-nos situar aproximadamente este mensageiro do Deus em seu contexto histórico.

Só, e de encontro à correnteza, Malaquias vive na integridade; sabe por experiência que o Senhor faz sempre diferença "entre aquele que serve a Deus e o que não O serve" (3:18). Denuncia a hipocrisia e a iniqüidade, não sem dar antes o exemplo da verdade e da fidelidade.



A mensagem
Malaquias faz ouvir a sua voz antes de um longo silêncio de Deus que se estenderá por quatro séculos de história de Israel.

Eis porque sua profecia focaliza os acontecimentos extraordinários que deveriam sobrevir após esses 400 anos em que o céu permaneceria fechado.

Sim, o dia viria em que o anjo Gabriel desceria do céu para visitar os pais de João Batista e a virgem Maria (Lucas 1).

Apareceria então o mensageiro do Senhor, preparando Seu caminho (3:1) e andando no espírito e poder de Elias (Malaquias 4:5-6; confira Lucas 1:17); “de repente virá ao Seu templo o SENHOR, a Quem vós desejais" (Malaquias 3:1; confira Lucas 2:25-38; João 2:13-17; Mateus 21:10-13; 23:37-39).

O livro de Malaquias é, pois, ao mesmo tempo, o epílogo do Velho Testamento e o prólogo do Novo. O primeiro capítulo do Evangelho segundo Lucas, narrando os primeiros acontecimentos do Novo Testamento segundo sua ordem cronológica, retomará o tema da revelação divina onde Malaquias o havia deixado quatro séculos antes: esse fato demonstra, uma vez mais, a extraordinária unidade das Escrituras.

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