Destaques do Artigo:
🌍 Separação definitiva entre Oriente e Ocidente no Cisma de 1054.
✝️ Sacramentos e rituais orientais: batismo por imersão e clero casado.
🕯️ Comunhão elaborada com simbolismos e línguas locais no culto.
O Cisma de 1054: A ruptura entre Igreja Oriental e Ocidental
Pouco antes do início deste período (1054), houve a separação final entre o oriente e o ocidente. A Igreja oriental ou Igreja Grega tornou-se, então, uma organização inteiramente à parte.
Seu chefe era o patriarca de Constantinopla; nunca, porém, teve ele o poder que o papa desfrutou no ocidente.
Rituais orientais: Batismo, penitência e ausência de indulgências
No culto e na religião do povo, a igreja grega tinha semelhanças com a igreja do ocidente e também muitas diferenças. Aceitava igualmente os sete sacramentos.
O batismo era ministrado na infância e por imersão. Exigia-se, como no ocidente, a penitência, mas não de modo tão sistemático.
Não se concediam indulgências. Quando os sacerdotes pronunciavam a absolvição diziam aos penitentes que eles, os sacerdotes, não podiam perdoar pecados, mas somente Deus. Todavia prevaleceu a ideia da mediação da igreja entre Deus e o homem, como no ocidente.
Comunhão na Igreja Oriental: Simbolismo e cerimônias elaboradas
O elemento central do culto era a comunhão, como o era a missa no ocidente. A comunhão era uma cerimônia muito mais elaborada, e mais cheia de movimentos do que a chamada missa solene na Igreja Romana.
Esta cerimônia era cheia de atos simbólicos. Velas eram acesas e apagadas, portas eram abertas e fechadas, o clero passava várias vezes dentro do templo em procissão; todos dobravam seus joelhos.
Os sacerdotes prostravam-se, beijavam o altar e o livro do Evangelho, persignavam-se e mudavam os paramentos de várias cores. O objetivo de todo esse aparato era produzir temor e fé e impressionar pelos sentidos.
Também não havia bastante pregação como no ocidente, mas a leitura da Bíblia era mais generalizada do que na Igreja Romana. As Escrituras foram traduzidas nas línguas dos vários povos alcançados por essa igreja. Geralmente o rito era celebrado na língua comum de cada povo.
O culto de imagens dos santos e a veneração de relíquias era maior do que no ocidente e a religião popular era mais cheia de superstição. Tal situação era mais acentuada entre os gregos e muito pior entre os russos.
A igreja oriental permitia que seus sacerdotes se casassem antes da ordenação. A maioria do seu clero era casada.
Todavia os bispos tinham de ser solteiros, de modo que, usualmente, eram escolhidos dentre os monges. Havia muitos mosteiros e sempre cheios, mas os monges não eram tão dedicados à obra missionária e civilizadora como os do ocidente.
Missões e desafios: O impacto das invasões mongólicas
O governo muçulmano da Ásia ocidental impossibilitou a igreja oriental de espalhar o cristianismo nas regiões pagãs do sul da Rússia, nos séculos XI e XII. No século XIII a invasão mongólica da Rússia paralisou a obra missionária ali.
Estagnação espiritual: Falta de progresso na Igreja Oriental
Essa igreja foi muito embaraçada na sua obra por circunstâncias externas. Mas o maior embaraço foi sua própria falta de espírito progressista.
Seu pensamento dominante era permanecer como sempre tinha sido, evitando qualquer modificação.
Desde o século VIII tinha ela permanecido quase no mesmo, tanto em doutrina, como quanto à forma de culto. Certos eventos políticos é que influíram na modificação do seu governo.
Igreja Nestoriana: Expansão e declínio após invasões
Deve-se aqui dizer também alguma coisa sobre a Igreja Nestoriana. Ela continuou durante esse período a espalhar suas missões e cresceu muito.
No século XIII, seu patriarca governava setenta paróquias, que incluíram multidões de cristãos, desde Odessa na Síria, até Pequin; e da Sibéria, ao sul da Índia.
Daí em diante, até o século XV, as invasões mongólicas provocaram perdas tremendas das quais essa igreja jamais se recuperou. Ela ainda existe na Pérsia, na Síria, porém fraca e corrompida.
Notas
Seu chefe era o patriarca de Constantinopla; nunca, porém, teve ele o poder que o papa desfrutou no ocidente.
Rituais orientais: Batismo, penitência e ausência de indulgências
No culto e na religião do povo, a igreja grega tinha semelhanças com a igreja do ocidente e também muitas diferenças. Aceitava igualmente os sete sacramentos.
O batismo era ministrado na infância e por imersão. Exigia-se, como no ocidente, a penitência, mas não de modo tão sistemático.
Não se concediam indulgências. Quando os sacerdotes pronunciavam a absolvição diziam aos penitentes que eles, os sacerdotes, não podiam perdoar pecados, mas somente Deus. Todavia prevaleceu a ideia da mediação da igreja entre Deus e o homem, como no ocidente.
Comunhão na Igreja Oriental: Simbolismo e cerimônias elaboradas
O elemento central do culto era a comunhão, como o era a missa no ocidente. A comunhão era uma cerimônia muito mais elaborada, e mais cheia de movimentos do que a chamada missa solene na Igreja Romana.
Esta cerimônia era cheia de atos simbólicos. Velas eram acesas e apagadas, portas eram abertas e fechadas, o clero passava várias vezes dentro do templo em procissão; todos dobravam seus joelhos.
Os sacerdotes prostravam-se, beijavam o altar e o livro do Evangelho, persignavam-se e mudavam os paramentos de várias cores. O objetivo de todo esse aparato era produzir temor e fé e impressionar pelos sentidos.
Também não havia bastante pregação como no ocidente, mas a leitura da Bíblia era mais generalizada do que na Igreja Romana. As Escrituras foram traduzidas nas línguas dos vários povos alcançados por essa igreja. Geralmente o rito era celebrado na língua comum de cada povo.
O culto de imagens dos santos e a veneração de relíquias era maior do que no ocidente e a religião popular era mais cheia de superstição. Tal situação era mais acentuada entre os gregos e muito pior entre os russos.
A igreja oriental permitia que seus sacerdotes se casassem antes da ordenação. A maioria do seu clero era casada.
Todavia os bispos tinham de ser solteiros, de modo que, usualmente, eram escolhidos dentre os monges. Havia muitos mosteiros e sempre cheios, mas os monges não eram tão dedicados à obra missionária e civilizadora como os do ocidente.
Missões e desafios: O impacto das invasões mongólicas
O governo muçulmano da Ásia ocidental impossibilitou a igreja oriental de espalhar o cristianismo nas regiões pagãs do sul da Rússia, nos séculos XI e XII. No século XIII a invasão mongólica da Rússia paralisou a obra missionária ali.
Estagnação espiritual: Falta de progresso na Igreja Oriental
Essa igreja foi muito embaraçada na sua obra por circunstâncias externas. Mas o maior embaraço foi sua própria falta de espírito progressista.
Seu pensamento dominante era permanecer como sempre tinha sido, evitando qualquer modificação.
Desde o século VIII tinha ela permanecido quase no mesmo, tanto em doutrina, como quanto à forma de culto. Certos eventos políticos é que influíram na modificação do seu governo.
Igreja Nestoriana: Expansão e declínio após invasões
Deve-se aqui dizer também alguma coisa sobre a Igreja Nestoriana. Ela continuou durante esse período a espalhar suas missões e cresceu muito.
No século XIII, seu patriarca governava setenta paróquias, que incluíram multidões de cristãos, desde Odessa na Síria, até Pequin; e da Sibéria, ao sul da Índia.
Daí em diante, até o século XV, as invasões mongólicas provocaram perdas tremendas das quais essa igreja jamais se recuperou. Ela ainda existe na Pérsia, na Síria, porém fraca e corrompida.
Notas
[1] É pena que homens tão notáveis como Bernardo e outros se tenham tornado Instrumentos nas mãos dos papas e, imbuídos do espírito de intolerância, se dedicassem à propaganda do extermínio de dezenas de milhares de muçulmanos, em nome dAquele que mandou Pedro embainhar a espada. — N- do T.
[2] Agindo assim, a Igreja medieval conjurava um grande mal no domínio político-social, mas realizava um mal ainda maior no domínio religioso, arvorando um bispo de bispos, contra a doutrina da igualdade apostólica. — N. do T.
[2] Agindo assim, a Igreja medieval conjurava um grande mal no domínio político-social, mas realizava um mal ainda maior no domínio religioso, arvorando um bispo de bispos, contra a doutrina da igualdade apostólica. — N. do T.
ÍNDICE
A preparação para o Cristianismo
A fundação e expansão da Igreja
A Igreja antiga (100 - 313)
A Igreja antiga (313- 590)
A Igreja no início da Idade Média (590 - 1073)
A Igreja no apogeu da Idade Média (1073 - 1294)
22 - A igreja Oriental ⬅️ Você está aqui!
Decadência e renovação na Igreja Ocidental (1294 - 1517)
Revolução e reconstrução (1517 - 1648)
A era da Reforma (1517 - 1648)
O cristianismo na Europa (1648 - 1800)
O Século 19 na Europa
O Século 20 na Europa
O cristianismo na América