Destaques do Artigo:
🔍 A Revolução de 1689 consolidou o poder do povo e o protestantismo na Inglaterra.
🌍 Guilherme de Orange e Maria assumiram o trono, marcando o fim da tirania real.
✝️ O Ato de Tolerância garantiu liberdade de culto para protestantes, mas excluiu católicos.
Os eventos dessa época mostraram todavia que a maioria do povo preferia que a igreja nacional permanecesse como ao tempo da reforma, em vez de seguir o sistema introduzido pelos puritanos.
Isto não significava que o protestantismo inglês fosse assim duvidoso, e a prova se viu quando Tiago II, sucessor de Carlos II, tentou transformar a igreja nacional em Católica Romana.
A nação revoltou-se contra o seu propósito e contra a tirania com que tentou levá-lo a efeito.
Os líderes de ambos os partidos políticos apelaram para Guilherme, Príncipe de Orange e Chefe de Estado da Holanda, cuja esposa, Maria, era filha do rei, para que viesse com um exército defender a liberdade na Inglaterra e o protestantismo.
O país levantou-se para apoiá-lo quando o príncipe desembarcou. O rei da França fugiu e Guilherme e a esposa tornaram-se os soberanos da Inglaterra.
O poder supremo pertence ao povo
Esta incruenta Revolução de 1689 decidiu a favor da Inglaterra várias questões da mais alta importância. Decidiu-se que o poder supremo pertencia ao povo, pois Guilherme e Maria tornaram-se soberanos por decisão do Parlamento, através do qual a vontade do povo foi expressa.
Assim a prolongada luta contra os reis tiranos, pela liberdade do povo, luta em que os puritanos se distinguiram desde o reinado de Tiago I, terminou afinal com a vitória.
Aqui vemos a relação existente entre o protestantismo e a liberdade política. A doutrina do sacerdócio universal dos crentes, segundo a qual cada homem tem acesso a Deus, como um direito próprio alcançado por Cristo, contribui para que os homens conheçam e pleiteiem seus direitos políticos.
Inglaterra: uma nação protestante
Em segundo lugar ficou firmado o caráter da Inglaterra como nação protestante. O parlamento declarou-o, modificando apenas o Juramento da Coroação de modo a poder o rei jurar lealdade à Religião Reformada, estabelecida segundo a Lei.
Liberdade de culto para protestantes
Em terceiro lugar foi conseguida a liberdade de culto para os protestantes ortodoxos que discordavam da Igreja da Inglaterra. Pelo Ato de Tolerância de 1689, a Inglaterra, finalmente, abandonou a idéia de obrigar a todas as pessoas aceitarem uma só forma de religião.
Daí em diante não somente a Igreja da Inglaterra, mas igualmente os não conformistas, como são algumas vezes chamadas as Igrejas Livres, tiveram direito de decidir da sua vida eclesiástica. Todavia foi negada, ainda desta vez, a liberdade de culto à Igreja Católica Romana.
A divisão entre Alta e Baixa Igreja
Durante o reinado de Guilherme e de Maria, surgiu na Igreja da Inglaterra uma cisão que foi de grande efeito na vida religiosa nacional e até mesmo na da América. Os dois grupos em que a Igreja se dividiu foram chamados de "Alta Igreja" e "Igreja Baixa". O motivo de separação foram questões de governo eclesiástico e de ministério.
Os clérigos da Alta Igreja afirmavam que o governo da Igreja pelos bispos era divinamente ordenado, e que os bispos vinham em sucessão ininterrupta desde os apóstolos, e que o único ministério válido era o da ordenação pelas mãos de um bispo.
Daí, eles considerarem os não conformistas sem ministério regular e legítimo. Os da Igreja Baixa, embora aprovassem o governo eclesiástico por meio dos bispos, não sustentavam estes "altos" pontos de vista e muitos desejavam reconhecer o ministério dos não conformistas, ou das igrejas livres.
ÍNDICE
A preparação para o Cristianismo
A fundação e expansão da Igreja
A Igreja antiga (100 - 313)
A Igreja antiga (313- 590)
A Igreja no início da Idade Média (590 - 1073)
A Igreja no apogeu da Idade Média (1073 - 1294)
Decadência e renovação na Igreja Ocidental (1294 - 1517)
Revolução e reconstrução (1517 - 1648)
A era da Reforma (1517 - 1648)
O cristianismo na Europa (1648 - 1800)
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O Século 19 na Europa
O Século 20 na Europa
O cristianismo na América