Destaques do Artigo:
👑 Inocêncio III: O papa que controlou reis e imperadores com interditos e astúcia política.
📜 Conflito com a Magna Carta: A oposição de Inocêncio à liberdade inglesa e o triunfo dos barões.
⚔️ Queda do Sacro Império: A vitória final do papado sobre o imperador Frederico II.
O ápice do poder papal sob Inocêncio III
A ideia de Hildebrando a respeito da supremacia do papado sobre o mundo não teve tão grande realização no seu pontificado, como no do grande Inocêncio III (1198-1216). Sob o seu pontificado a igreja medieval alcançou as culminâncias do poder.
Sua mente clara e poderosa percebeu, na plenitude, o sentido tremendo do ideal de Hildebrando, cujas pretensões inauditas procurou pôr em prática.
"O papa, disse ele, fica entre o homem e Deus; é menos do que Deus, porém mais do que o homem. O papa julga a todos e não é julgado por ninguém".
Destemido, astuto, inflexível, ele realmente alcançou em grande medida o poder com que Hildebrando sonhara.
Sua mente clara e poderosa percebeu, na plenitude, o sentido tremendo do ideal de Hildebrando, cujas pretensões inauditas procurou pôr em prática.
"O papa, disse ele, fica entre o homem e Deus; é menos do que Deus, porém mais do que o homem. O papa julga a todos e não é julgado por ninguém".
Destemido, astuto, inflexível, ele realmente alcançou em grande medida o poder com que Hildebrando sonhara.
Interferência papal nos reinos da França e Inglaterra
Inocêncio fez e desfez imperadores, afirmando que as coroas deles lhes eram outorgadas pela vontade do papa. Obrigou o rei Felipe de França e o rei João, da Inglaterra, a prestar-lhe obediência. A causa do conflito com Felipe foi este repudiar a esposa por outra mulher.
E na Inglaterra a luta foi por causa do Arcebispado de Cantuária (Canterbury). A arma de que lançou mão contra esses reis foi o interdito, que consistia na suspensão de todos os serviços religiosos naqueles países.
As igrejas ficavam fechadas. Os sacramentos, considerados universalmente pelo povo, como meios de salvação, não podiam ser ministrados. Os mortos ficavam insepultos.
E na Inglaterra a luta foi por causa do Arcebispado de Cantuária (Canterbury). A arma de que lançou mão contra esses reis foi o interdito, que consistia na suspensão de todos os serviços religiosos naqueles países.
As igrejas ficavam fechadas. Os sacramentos, considerados universalmente pelo povo, como meios de salvação, não podiam ser ministrados. Os mortos ficavam insepultos.
Levantou-se tal clamor público na França e na Inglaterra que os reis tiveram de se submeter ao papa. João teve mesmo de entregar ao papa os reinos da Inglaterra e da Irlanda, para recebê-los depois como simples feudos que tinha apenas de administrar.
Isto significava que João os reconhecia como propriedade do papa, e que lhe era permitido ficar com essas terras pagando tributos anualmente ao papa, como reconhecimento da soberania do papado.
Isto significava que João os reconhecia como propriedade do papa, e que lhe era permitido ficar com essas terras pagando tributos anualmente ao papa, como reconhecimento da soberania do papado.
Inocêncio assenhoreou-se do reino da Sicília e o rei de Aragão recebeu dele a coroa. Em quase toda a Europa fez sentir a sua autoridade e quase sempre obteve pleno êxito; exceto no caso da Inglaterra.
A Magna Carta e a rebelião dos barões ingleses
Foi, logo após João submeter-se ao Papa, que os barões aborrecidos com seu governo abominável e opressor o compeliram a assinar a Magna Carta que foi a pedra fundamental da liberdade inglesa. Inocêncio tomou o partido do rei, pois João se mostrara filho obediente da Igreja.
O papa decretou uma bula anulando a Magna Carta e obrigando os barões a se submeterem ao rei. Os barões ficaram surdos ás ordens arrogantes do papa e somente a morte deste o livrou de assistir à própria derrota.
A Magna Carta e a rebelião dos barões ingleses
Foi, logo após João submeter-se ao Papa, que os barões aborrecidos com seu governo abominável e opressor o compeliram a assinar a Magna Carta que foi a pedra fundamental da liberdade inglesa. Inocêncio tomou o partido do rei, pois João se mostrara filho obediente da Igreja.
O papa decretou uma bula anulando a Magna Carta e obrigando os barões a se submeterem ao rei. Os barões ficaram surdos ás ordens arrogantes do papa e somente a morte deste o livrou de assistir à própria derrota.
O papado triunfante sobre o Sacro Império Romano
Sob o pontificado de Inocêncio III, o papado governou a Europa ocidental com um domínio indisputável.
Melhor diríamos, a Igreja dominou o mundo pelo seu chefe, o papa. Através do século XIII, a Igreja permaneceu nas cumiadas do seu fastígio e poder. Durante este século o papado, finalmente, venceu o grande rival, o Santo Império Romano.
Entre os papas Gregório IX e Inocêncio IV e o imperador Frederico II, houve uma guerra prolongada, tanto de palavras como de armas, guerra que terminou em 1248 com a derrota total de Frederico.
Melhor diríamos, a Igreja dominou o mundo pelo seu chefe, o papa. Através do século XIII, a Igreja permaneceu nas cumiadas do seu fastígio e poder. Durante este século o papado, finalmente, venceu o grande rival, o Santo Império Romano.
Entre os papas Gregório IX e Inocêncio IV e o imperador Frederico II, houve uma guerra prolongada, tanto de palavras como de armas, guerra que terminou em 1248 com a derrota total de Frederico.
Dois anos depois, após sua morte, seu filho menor manteve uma sombra de poder por poucos anos, passando-se depois dezenove anos sem qualquer governo.
Ficou, assim, o papado triunfante, governando sem competidores. Ao fim dos dezenove anos, o império reviveu, elegendo um imperador; mas nunca foi tão poderoso como antes da vitória do papa.
Ficou, assim, o papado triunfante, governando sem competidores. Ao fim dos dezenove anos, o império reviveu, elegendo um imperador; mas nunca foi tão poderoso como antes da vitória do papa.
ÍNDICE
A preparação para o Cristianismo
A fundação e expansão da Igreja
A Igreja antiga (100 - 313)
A Igreja antiga (313- 590)
A Igreja no início da Idade Média (590 - 1073)
A Igreja no apogeu da Idade Média (1073 - 1294)
13a - Inocêncio III ⬅️ Você está aqui!
Decadência e renovação na Igreja Ocidental (1294 - 1517)
Revolução e reconstrução (1517 - 1648)
A era da Reforma (1517 - 1648)
O cristianismo na Europa (1648 - 1800)
O Século 19 na Europa
O Século 20 na Europa
O cristianismo na América