Igreja Ortodoxa e movimento missionário no século XX: guerras, conferências e desafios globais

Conferência Missionária de Edinburgo (1910)

Destaques do Artigo: 
 ⛪ Estrutura independente das igrejas ortodoxas orientais sem autoridade central. 
 🌍 Impacto da Primeira Guerra Mundial e depressão de 1929 nas missões protestantes. 
 🔄 Transição de liderança missionária de europeus/americanos para lideranças nativas. 

A Igreja Ortodoxa Oriental no Século XX: Estrutura e Desafios Geopolíticos
A Igreja Ortodoxa Oriental consiste de igrejas independentes em cada país, que mantém a unidade através da sua doutrina e tradição. Essa igreja não tem chefe, como o Papa, na Igreja Católica Romana. A Igreja Russa pertence a essa família de igrejas.

O patriarcado de Constantinopla, que a princípio incluía os cristãos ortodoxos da Turquia, perdeu muito com a expulsão dos gregos das terras turcas depois da Primeira Guerra Mundial. 

A Igreja da Grécia tem passado por uma vida atribulada desde a Guerra por causa de distúrbios políticos.

Enquanto a Polônia foi, independente houve uma igreja ortodoxa numerosa na parte que tinha sido território russo; mas este voltou novamente ao domínio da Rússia. 

Esta tem sido a mesma história com relação às igrejas ortodoxas da Estônia e da Lituânia.

Quando a Sérvia viu aumentados seus territórios e tornou-se na Iugoslávia, foi organizada uma igreja nacional muito mais forte que a ex-igreja sérvia.

A igreja da Rumânia teve sua comunidade crescida em número quando ao país foram adicionados novos territórios, porém muito tem sofrido com as perdas recentes. 

De um modo geral, a história do século XX registra severas perdas para as igrejas do oriente.

O moderno movimento missionário que alcançou tanto poder nas igrejas protestantes da Europa e do mundo no século XIX prosseguiu no século XX com entusiasmo sempre crescente e um trabalho de vulto considerável.

Conferências Missionárias e a Transformação Global (1910-1938)

Este fato foi verificado especialmente na Conferência Missionária de Edinburgo de 1910, a qual, sua totalidade, representava as igrejas protestantes do mundo e excedeu a todas as anteriores reuniões dessa natureza.

A obra missionária em todos os seus aspectos foi plena e pacientemente estudada e estabelecidos os planos para o seu desenvolvimento. 

Desta conferência originou-se o Conselho Missionário Internacional, organização que expressa e corporifica o interesse das igrejas de todo o mundo.

A Primeira Guerra Mundial interrompeu seriamente a obra missionária, reduzindo as contribuições de manutenção, prejudicando as relações inter-eclesiásticas e criando sérios distúrbios em vários campos.

Admirável, porém, é que todos esses prejuízos sérios foram rapidamente enfrentados e superados. A própria guerra estimulou as missões por ter aproximado muitas partes do mundo com o que fortaleceu o sentimento de solidariedade humana.

A prova de que a vitalidade da obra missionária não diminuiu, verifica-se no fato de se reunir outra Conferência Mundial que teve lugar em Jerusalém, em 1928. 

Esta teve um novo aspecto, diferente da de Edinburgo, e foi que as igrejas mais jovens, fruto das missões, demonstraram extraordinária influência.

Verificou-se também uma mudança de grande alcance em matéria de missões, isto é, uma transferência da liderança dos europeus e americanos para os "nativos".

Foi ainda evidente outra modificação: o crescimento do trabalho unificado, trabalho de conjunto por parte das igrejas. A Conferência de Jerusalém deu impulso ao trabalho missionário, de um modo geral.

Crise e Resistência: Missões Cristãs entre Guerras e Depressão Econômica
Infelizmente a depressão mundial, que começou em 1929, enfraqueceu materialmente a manutenção do trabalho missionário e deu lugar a um retraimento. 

Ao mesmo tempo apareceram sinais de disputa com relação a missões, e também o fato de que a juventude não estava atendendo ao apelo para a obra missionária.

Todas estas circunstâncias contribuíram para a formação nos Estados Unidos da "Inquirição Leiga de Missões Estrangeiras", ou seja. um grupo independente de leigos que realizou um estudo de pesquisas sobre missões nos principais campos missionários do mundo.

Suas conclusões, que justificaram plenamente o empreendimento que realizaram, embora propusessem modificações importantes, tanto em idéias como em métodos de trabalho, foram publicados em 1932 no livro “Rethinking Missions”.

Daí em diante seguiu-se um período de discussão das ideias fundamentais sobre missões, como também da política ou orientação missionária que se deveria seguir.

Estas discussões e a pequena contribuição financeira, ao lado das constantes ameaças de guerra, trouxeram um tempo bastante crítico para as missões.

Mas a convicção e a fé que inspiraram a própria obra das missões cristãs, asseguraram a continuação do trabalho já feito, com firmeza, a despeito das dificuldades.

Mais uma vez a poderosa energia do movimento missionário expressou-se de modo memorável em outra Conferência Mundial .realizada em Madrasta, índia, em 1938.

Igreja Católica Romana e a Expansão Missionária no Século XX
A grande atividade da Igreja Católica Romana a que já nos referimos revelou-se também nas missões estrangeiras. No século XX, a Igreja Romana em todo o mundo desenvolveu as suas missões. 

Hoje, muito mais de que no passado, essa igreja está imbuída do propósito missionário.

ÍNDICE

A preparação para o Cristianismo 

A fundação e expansão da Igreja 

A Igreja antiga (100 - 313) 

A Igreja antiga (313- 590) 

A Igreja no início da Idade Média (590 - 1073) 

A Igreja no apogeu da Idade Média (1073 - 1294) 

Decadência e renovação na Igreja Ocidental (1294 - 1517) 

Revolução e reconstrução (1517 - 1648) 

A era da Reforma (1517 - 1648) 

O cristianismo na Europa (1648 - 1800) 

O Século 19 na Europa 

O Século 20 na Europa 
70 - Outros países orientais ⬅️ Você está aqui! 

O cristianismo na América 

Semeando Vida

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