Destaques do Artigo:
🖨️ Invenção da imprensa acelerou divulgação de ideias reformistas.
📜 Reavivamento do grego permitiu leitura do Novo Testamento no original.
⚔️ Revoltas camponesas na Alemanha expuseram tensões sociais e religiosas.
Já um grande movimento se processava na vida da Europa, movimento que produziu a energia necessária para a revolução religiosa.
Os séculos XIV, XV e XVI foram a era da Renascença, aquele despertar da natureza humana que se processou tão extensa e profundamente que foi necessária uma nova palavra para descrevê-la: Renascimento.
Todas as faculdades da natureza humana foram maravilhosamente despertadas e todas as atividades humanas apresentaram extraordinário progresso. A mente humana fez novas e esplêndidas conquistas em todas as direções.
Inovações tecnológicas: Imprensa e descobertas que revolucionaram a Europa
Grandes descobertas geográficas, entre elas as de Colombo e de Cabral, surgiram no oriente e no ocidente, de sorte que a forma e o tamanho exatos da terra foram determinados.
Mais maravilhosa ainda foi a descoberta do Sistema Solar de Copérnico, revolucionando as ideias humanas a respeito do universo em que viviam os homens.
Grandes empreendimentos foram alcançados nas invenções mecânicas, entre as quais a mais influente foi a invenção da imprensa (1450). Por ela as idéias e os conhecimentos foram mais rapidamente espalhados do que dantes.
A mente humana foi assim ainda mais despertada e fortificada para futuros empreendimentos, o maior dos quais veio a ser a Reforma Protestante.
A Reforma não teria ocorrido enquanto os livros tivessem de ser escritos à mão. A imprensa divulgou os livros que despertaram a mente humana e aprofundaram as pesquisas da verdade.
Expansão comercial e fortalecimento dos Estados nacionais
As descobertas geográficas provocaram a rápida expansão do comércio e da indústria e despertaram em todas as nações europeias veemente desejo de colonização.
Na esfera política a nova fase manifestou-se num rápido desenvolvimento da vida nacional e do poder político, tanto na França como na Espanha e na Inglaterra.
Ressurgimento da cultura clássica: O elo entre Grécia e Reforma
Uma das causas principais de todo este despertar foi que ele pôs a mente da Europa em contacto com a cultura e a civilização da Grécia e de Roma elementos esses que a Idade Média desconheceu.
Isto aconteceu principalmente em virtude do novo conhecimento do grego que, por séculos, era uma língua desconhecida na Europa.
Assim, todo o maravilhoso mundo do pensamento clássico, da literatura e da arte, foi repentinamente descoberto. Diante deles os homens se deslumbraram e foram despertados para grandes empreendimentos.
As obras da Renascença na arte e na literatura, inclusive alguns dos mais preciosos tesouros do mundo, algumas das suas maiores expressões, alcançaram desse modo inspiração para a sua realização.
Humanistas e reformadores: Do estudo do grego à crítica da Igreja
É neste aspecto da Renascença, chamado renovação ou Renascimento da Cultura, que encontramos uma preparação direta para o advento da reforma na religião.
A disseminação da língua grega contribuiu para que os homens lessem o Novo Testamento no original.
Com jubiloso entusiasmo, que assinalou toda a pesquisa desses cultores das letras antigas, muitos dos humanistas, como eram conhecidos os estudiosos dessa renovação cultural, penetraram no estudo profundo do Novo Testamento.
Ali viram eles, deslumbrados, face a face, o ideal divino para a igreja cristã. E quando comparavam essa maravilha com o que contemplavam na Igreja ao redor de si, muitos desses humanistas tornaram-se reformadores destemidos.
Isto se verificou especialmente na Alemanha e também na França e Inglaterra. João Colet de Oxford e o grande cultor do Novo Testamento, Erasmo, representam este resultado religioso do Reavivamento da Cultura.
Esses homens expuseram o cristianismo segundo o revela o Novo Testamento e continuaram a profligar os males da igreja papal.
A Renascença e a Reforma
Esses humanistas interessados no problema religioso fortaleceram grandemente o espírito da reforma na igreja. Eles também provocaram um grande interesse pelo estudo da Bíblia, preparando desse modo homens leitores e indagadores das Escrituras para uma forma de religião mais verdadeira.
Finalmente todo o movimento da Renascença, por sua influência no ressurgimento e elevação da mente humana, habilitou-os a lançar fora as velhas ideias e a ingressar nos novos caminhos.
Ela foi uma poderosa precursora da renovação que se aproximava nas ideias religiosas. Sem a Renascença a Reforma Protestante não teria ocorrido.
Por mais de cem anos, a partir de 1400, os camponeses do sul da Alemanha vinham em contínuas disputas e odiosos protestos contra a opressão dos seus senhores, os nobres cujas terras eles cultivavam.
Frequentemente estas explosões de protestos resultavam em choques armados. Nesses movimentos os camponeses tinham como aliados os pobres operários das cidades e toda sorte de pessoas que sofriam espoliação dos seus direitos.
Esses humanistas interessados no problema religioso fortaleceram grandemente o espírito da reforma na igreja. Eles também provocaram um grande interesse pelo estudo da Bíblia, preparando desse modo homens leitores e indagadores das Escrituras para uma forma de religião mais verdadeira.
Finalmente todo o movimento da Renascença, por sua influência no ressurgimento e elevação da mente humana, habilitou-os a lançar fora as velhas ideias e a ingressar nos novos caminhos.
Ela foi uma poderosa precursora da renovação que se aproximava nas ideias religiosas. Sem a Renascença a Reforma Protestante não teria ocorrido.
Revoltas camponesas: A explosão social que abalou a Alemanha
Outra investida de novas forças que muito contribuíram para preparar o caminho para a Reforma, foram as revoltas em virtude da inquietação social. Isto ocorreu principalmente na Alemanha.Por mais de cem anos, a partir de 1400, os camponeses do sul da Alemanha vinham em contínuas disputas e odiosos protestos contra a opressão dos seus senhores, os nobres cujas terras eles cultivavam.
Frequentemente estas explosões de protestos resultavam em choques armados. Nesses movimentos os camponeses tinham como aliados os pobres operários das cidades e toda sorte de pessoas que sofriam espoliação dos seus direitos.
Religião e justiça social: A chama que alimentou a Reforma
Dois fatores religiosos estavam sempre presentes nestes distúrbios sociais. Um deles, era o ódio feroz aos sacerdotes por causa das suas explorações (ou extorsões de dinheiro) e a indiferença e recusa dos padres em fazer alguma coisa para libertar as classes oprimidas.
O outro era um apelo aos princípios cristãos de justiça social.
Próximo ao fim do século XV, a inquietação tornou-se mais aguda e as revoltas mais freqüentes. Não obstante esmagados com tremenda crueldade, eles continuaram as revoltas. Uma alta repentina de preços e contínuas colheitas escassas pioraram a situação.
Assim, nos últimos anos que precederam a Reforma - a Alemanha, particularmente no sul, estava fervendo com o descontentamento amargo da pobreza que muitas vezes fez explodir o seu ódio em desesperadas rebeliões.
Neste descontentamento havia como temos visto, elementos favoráveis a uma nova ordem na religião. E a situação geral tornou muita gente com o espírito preparado para uma revolução religiosa como foi a Reforma.
Próximo ao fim do século XV, a inquietação tornou-se mais aguda e as revoltas mais freqüentes. Não obstante esmagados com tremenda crueldade, eles continuaram as revoltas. Uma alta repentina de preços e contínuas colheitas escassas pioraram a situação.
Assim, nos últimos anos que precederam a Reforma - a Alemanha, particularmente no sul, estava fervendo com o descontentamento amargo da pobreza que muitas vezes fez explodir o seu ódio em desesperadas rebeliões.
Neste descontentamento havia como temos visto, elementos favoráveis a uma nova ordem na religião. E a situação geral tornou muita gente com o espírito preparado para uma revolução religiosa como foi a Reforma.
ÍNDICE
A preparação para o Cristianismo
A fundação e expansão da Igreja
A Igreja antiga (100 - 313)
A Igreja antiga (313- 590)
A Igreja no início da Idade Média (590 - 1073)
A Igreja no apogeu da Idade Média (1073 - 1294)
Decadência e renovação na Igreja Ocidental (1294 - 1517)
28 - A Renascença e a inquietude social como preparação para a Reforma ⬅️ Você está aqui!
Revolução e reconstrução (1517 - 1648)
A era da Reforma (1517 - 1648)
O cristianismo na Europa (1648 - 1800)
O Século 19 na Europa
O Século 20 na Europa
O cristianismo na América