Método Futurista na Interpretação do Livro de Apocalipse: Análise e Desafios


Por Ray Summers

A interpretação do Livro de Apocalipse depende inteiramente do método de atacar o problema. No desenvolvimento da História Cristã têm-se seguido muitos métodos de interpretação.

Alguns encaram o livro, certos de que ele revela todo o futuro da História, desde os tempos do Novo Testamento até a consumação da era.

Já outros acham que ele revela a história da apostasia da Igreja Católica Romana. Outros ainda não acham nele nada de valor permanente e o encaram como um apanhado de primitivos mitos cristãos sem nenhum significado para os nossos dias.

Um outro grupo buscou descobrir no livro certos princípios sobre o modo pelo qual Deus lida com os homens através dos séculos.

Alguns estudiosos têm buscado descobrir o significado que o livro tinha nos dias de sua origem, tentando determinar, pela aplicação daquele significado, a significação que ele tem para as outras gerações.

Na verdade, abundam obras eruditas sobre esta notável porção do volume inspirado. Mas os pontos de vista dos escritores (expositores do livro do Apocalipse) claramente entram em choque.

De tal modo que o estudante dessas ideias mui logo se sente arrastado a aceitar de cada uma dessas obras aquilo que ele acha mais útil, e a proceder independentemente na pesquisa do significado e das lições que o livro contém (Justin A. Smith, An American Commentary on the New Testament [Filadélfia, The American Baptist Publication Society, 188, reimpresso em 1942]. Vol. Vil, Parte III. p. 4)

O propósito desta seção é investigar esses vários métodos, classificá-los, determinar os pontos fracos e fortes de cada um deles e encontrar o modo correto de estudar o livro.



O MÉTODO FUTURISTA

Este método, assaz empregado na interpretação, encara o Apocalipse como quase que totalmente escatológico, tratando dos acontecimentos do fim do mundo.

Tal ponto de vista toma os símbolos ocultos como um meio de revelar o fim da era, a Vinda do Senhor, o reino do milênio com os santos na terra, a soltura de Satã, a segunda ressurreição e o juízo fina!

Esta ideia tem sido sustentada por muitos cristãos mui sinceros e piedosos. Assim, encaram o livro como um volume de profecias ainda não cumpridas.

Do capítulo 4 até o fim do livro descrevem-se acontecimentos que terão lugar no porvir e que estão intimamente ligados à segunda vinda de Cristo.

Pelo desejo mui natural de conhecer o futuro, muitos têm mostrado maior interesse pelas "últimas coisas" do que pelas condições presentes e pelo plano e propósito de Deus para com este nosso século tão necessitado.

Para muitos o livro constitui, em grande parte, um problema de matemática celeste: e, então, gastam mais tempo em calcular os registros de tempo do que em promover a justiça social, econômica e política entre seus semelhantes mais próximos. (Richardson, op. cit., p. 43.)

Os futuristas acham que os acontecimentos do capítulo 4 ao capítulo 19 devem ter lugar dentro do breve espaço de sete anos.

Interpretam este período de tribulação como sendo o da septuagésima semana mencionada na conhecida profecia de Daniel 9: 24-27, semana essa que eles tomam como tendo sido separada por muitos séculos das outras sessenta e nove, e que se cumprirá no final da Era Cristã.

Literalismo

A maior parte dos futuristas é literalista em sua interpretação do Apocalipse. Agarra-se o mais possível ao literalismo e vê muito pouco do simbolismo espalhado por todo o Apocalipse.

Vamos ver alguns exemplos desse literalismo. No capítulo 11 do Apocalipse mede-se o Templo. Os futuristas sustentam que se trata aí do Templo de Jerusalém e que ele será reconstruído antes do fim da era.

No mesmo capítulo encontramos os símbolos de duas testemunhas. Os futuristas acham que aí não há símbolo nenhum, e, sim, uma profecia atinente a dois grandes profetas, que surgirão quase na consumação do mundo.

Eles igualmente sustentam que os números do Apocalipse referem-se ao seu valor matemático e nada simbolizam. Estes são uns poucos exemplos do seu literalismo.

Anticristo pessoal

Outra feição distintiva dos futuristas é a sua crença na vinda de um anticristo pessoal. Assim, acham que a besta do Apocalipse é uma pessoa secular e má ou um chefe eclesiástico que estará no poder nos últimos dias.

Este grupo de intérpretes acha que este anticristo é "o homem do pecado" de que fala Paulo em II Tessalonicenses, capítulo 3.

Milênio

A maioria dos futuristas é teologicamente milenista. Sustenta que o juízo não se dará logo após o aparecimento do Senhor, ao descer do céu em sua segunda vinda. Deverá haver antes a ressurreição dos justos, e, a seguir, o reinado de Cristo com seus santos na terra por mil anos.

Nem todos os futuristas, porém, são milenistas. Um dos mais profundos milenistas é Abraão Kuyper. Num de seus livros ele nos dá uma interpretação futurista do Apocalipse. (Abraão Kuyper, The Revelation of St- John, trad, de João Kendrik de Vries [Grand Rapids, William B. Eerdman's Co. 1953])

Noutro, ele deixa em frangalhos o milenismo. (Kuyper, Quiliasmo, The Doctrine of Premillennialism, trad, de G. M. van Pernis [Grand Rapids. Zondervan Publishing House, 1934] 

Dispensacionistas Darbistas

Pieters divide os futuristas em dois grupos. (Alberto Pieters, The Lamb, the Woman, and the Dragon [Grand Rapids, Zondervan Publishing House, 1937], pp. 56-60.) Ao primeiro ele dá o nome de "os dispensacionistas Darbistas". Estes seguem as idéias de João N. Darby, o fundador dos irmãos de Plymouth.

Sua doutrina característica é a ideia que têm do céu e da Igreja Cristã. Sustentam que Jesus veio para estabelecer um governo visível na terra e que João Batista tinha isso em mente quando pregou que o Reino do Céu estava próximo.

Jesus apresentou os padrões desse Reino, mas os judeus rejeitaram a Jesus e seus planos. Assim, se retirou a oferta, e o Reino ficou para a segunda vinda. Cristo fundou sua Igreja como um parêntese na História.

A Igreja não é o cumprimento do velho Testamento. E coisa temporária e terá fim no "rapto", que nada mais é que a remoção miraculosa e repentina de todos os verdadeiros crentes para se encontrarem com Cristo nos ares, quando ele voltar dê novo.

Esse "rapto" não será visível ao mundo em geral. O que será público na segunda vinda de Cristo terá lugar sete anos depois e é chamado "a Revelação”.

O período de sete anos, então mencionado, corresponde à septuagésima semana de Daniel. As sessenta e nove semanas encerraram-se com a primeira vinda de Cristo (seu nascimento); mas, quando os judeus rejeitaram a Cristo, encerrou-se o tempo profético e não será reiniciado até o "rapto".

No período dos sete anos, o anticristo reinará. Os judeus. que terão voltado à Palestina, farão um pacto com Ele a fim de restaurar o seu culto. O Templo de Jerusalém será reconstruído, reunir-se-ão as tribos que estavam espalhadas e os sacrifícios serão novamente oferecidos.

Em Ezequiel 40:1 e 44:31, encontramos uma descrição completa do Templo e de suas cortes. Nunca se construiu um edifício como esse aí descrito por Ezequiel. Segundo o Apocalipse, não haverá templo em a Nova Jerusalém.

Portanto, concluem os futuristas, Ezequiel está aí descrevendo um templo que será utilizado na terra durante o milênio.

É claro que ele não pertence à "nova terra”, porque o terreno em que ele se acha é limitado pelo mar e dele saem águas para o mar; mas na "nova terra" (Apocalipse 21:1) não existe mar. (Clarence Larkin, The Book of Revelation [Filadélfia, Mayer and Lotter, 1919], pp. 180-191.)

É assim que interpretam os literalistas!

Larkin continua a falar nos sacrifícios que serão oferecidos nesse Templo. Haverá diariamente uma oferta matinal, mas nenhuma à tarde.

Haverá ofertas queimadas, de carne, de bebidas, pelo pecado, pela paz e pelas faltas. Haverá duas festas, a dos Tabernáculos e a da Páscoa, mas não haverá oferecimento do cordeiro pascal, porque Jesus já cumpriu essa parte.

Depois de três anos e meio, o anticristo romperá o compromisso com os judeus. Isto trará grande tribulação e sofrimento àqueles que se fizeram crentes desde o "rapto".

O anticristo exigirá que o cultuem, e a recusa por parte dos cristãos e dos bons judeus trará a grande tribulação. Muitos dos acontecimentos dos capítulos 4 a 19 terão lugar neste período, e, quando os cristãos estiverem quase vencidos, Cristo virá libertá-los e destruirá o anticristo no Armagedom.

Daí, então, estabelecerá o seu reino terrestre e reinará mil anos com os seus santos. Será Ele o governador principal, e a cada seguidor seu que lhe foi fiel serão dadas cidades para governar à proporção de sua fidelidade, justamente como Jesus prometeu na Parábola das Minas (Lucas 19:11-26) ( Larkin, op. cit., p. 183.)

Pode-se perceber muito bem que, nesta estrambótica interpretação, o livro do Apocalipse, em sua mor parte, nada tem a ver com aqueles que primeiro receberam o livro, com qualquer pessoa que o manejou ou com qualquer daqueles que o lesse nos últimos três anos e meio anteriores à volta do Senhor.

Assim sendo, o livro não tem mensagem alguma para as igrejas cristãs em perigo, em seus conflitos e triunfos.

Todo o sistema parece contrário às Escrituras e nada sadio. E este é um método de interpretação muito em voga em nossos dias. É o método seguido pelo sistema de Scofield e ensinado em muitas igrejas indenominacionais da época atual.



Futuristas que rejeitam o dispensacionismo

Há o segundo grupo dos futuristas, que rejeita este dispensacionismo. Acham que o Apocalipse diz respeito ao futuro, mas negam a distinção entre "rapto" e "revelação". Creem que todos os crentes passam pela grande tribulação.

Frost é um desse grupo. (O que aqui dizemos é um resumo do estudo de Pieters [The Lambt the Woman, and the Dragou, p. 60] encontrado no livro de Henry Frost — The Becond Corning of Christ). 

Crê ele que Babilônia será reconstruída e que reinará um anticristo pessoal. Acha inda que não faltam muitos anos para o fim da era. Não sustenta que todos os eventos do Apocalipse deverão ter lugar no espaço de sete anos.

Têm surgido muitas objeções ao método futurista de interpretação. São objeções ao método em si, e não propriamente a uma das duas idéias que apresenta. As objeções seguintes aclararão o assunto.

A) OBJEÇÕES AO MÉTODO FUTURISTA


1 - E ele incompatível com a declaração de João de que os eventos preditos deveriam, na mor parte, ter lugar muito logo: 


"Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu, para mostrar a seus servos as coisas que necessariamente devem acontecer em breve" (Apocalipse 1:1). 

Esta tradução literal inclui duas palavras de grande importância neste lugar: δεῖ é um verbo grego impessoal que sugere uma necessidade moral.

"É moralmente necessário" para que um fim justo seja cumprido; por isso é que estas coisas acontecerão em breve. Esta foi a mesma palavra usada por Jesus quando afirmou ser-lhe necessário ir a Jerusalém, e ali morrer (Mateus 16:21). Era moralmente necessário, para que se realizasse o fim colimado.

Neste trecho do Apocalipse vemos que havia uma necessidade moral de aquelas serem cumpridas brevemente para que o povo de Deus, então oprimido, visse o seu braço revelado e o seu conforto estendido a eles numa época de aparente desastre.

A segunda palavra grega que nos interessa está na frase ἐν τάχει, que é traduzida "logo" ou "brevemente".

Os futuristas afirmam que aí está uma palavra que apenas quer dizer "certamente" e que não traz nem sugere tanto a idéia de tempo. O apóstolo Paulo a usa com esta significação, quando diz a Timóteo — "Procura vir ter comigo depressa" (ταχέως). (2 Timóteo 4:9)

Na linguagem dos futuristas, quase que podemos ouvi-lo dizendo a Timóteo: 

"Timóteo, quero que venhas ter comigo aqui em Roma. Traze a capa que deixei com Carpo. Sinto frio e preciso dela, mas não há pressa — basta que a tragas nestes dois ou três mil anos! Preciso dos livros que lá deixei. Traze-os, para que os leia. Há algumas passagens que quero reler neste milênio ou no outro. Quero ver-te. Não sei quanto ainda durarei, por isso vem nos próximos milênios (ταχέως) — a qualquer tempo estará bem."

Mirabile dictu! 

Mas isto não é maior absurdo do que afirmar que a frase do Apocalipse 1:1 significa "certeza de cumprimento”, em vez de significar cumprimento rápido. Ouviríamos, então, João dizendo aos sofredores, quebrados, espoliados e perseguidos cristãos da Ásia Menor:

"Tudo vai bem. Não vos perturbeis. Dentro de poucos milênios as nações se reunirão para um grande batalha no vale de Megido e, guando forem todas vencidas, Deus estabelecerá um reinado terrestre e reinará com os seus santos, e todos os seguidores do anticristo serão destruídos." 

Tal mensagem por certo teria fraco significado e em nada confortaria os que estavam grandemente necessitados de libertação. Eles precisavam de uma revelação vinda de Deus, que lhes dissesse:

"Cristo está vivo. Ele está no meio de seu povo. Ele providenciará para que sua causa triunfe sobre aqueles que buscam destruí-la. E Ele fará isso agora. Portanto, confortai-os e conservai-vos firmes” 

Havia uma necessidade moral de que essas coisas acontecessem “brevemente”. Era uma necessidade urgente, e a mensagem devia estar à altura dessa urgência.

Está fora de qualquer interpretação razoável considerar que nada deste livro foi ainda cumprido. Por certo também não queremos que isso abarque o juízo final que aparece no final do livro. Mas o juízo final ocupa só uma parte mui pequena desta longa profecia de Deus lidando com o seu povo.

Aproximando-nos das costas dos Estados Unidos pelo mar, podemos dizer com toda a propriedade — Agora estamos nos avizinhando da América — sem estarmos esquecendo ou sem estarmos negando que os mais afastados limites da América estão dali a três mil milhas.

Assim, se a profecia trata de coisas que começaram a acontecer não muito depois de ela ter sido escrita, esta afirmação é exata em seu sentido natural, ainda que o cumprimento dela não se complete dentro de dois milênios ou mais. (Pieters, op. cit., p. 61)

Assim parece que o tempo estava próximo para que se cumprisse a profecia dada a João. Esta interpretação e o método futurista estão em franca oposição.



2 - Uma das objeções mais fortes ao método futurista é a de que ele faz o Apocalipse todo perder sua relação para com as necessidades das igrejas às quais foi dirigido e que primeiro conheceram este livro. 

Um dos princípios básicos da profecia é o de que ela tem como ponto de partida a geração a qual é dirigida. Sua principal finalidade é ir ao encontro duma necessidade imediata — confortar, instruir, alertar. Dizer isto, porém, não é afirmar que a profecia morre com sua geração.

Os profetas do exílio babilônico começaram com as necessidades imediatas do povo daquele tempo. Partindo daí, avançaram até ao tempo do Messias e ao estabelecimento do seu reino.

Assim também o Apocalipse começa com o povo de seus dias e, havendo-o confortado em sua imediata necessidade, aponta o caminho para a consumação final do reino no tempo determinado por Deus.

O seu propósito imediato era ajudar os que primeiro o receberam. É claro que nenhuma interpretação será verdadeira, se encarar o livro sem relação alguma com as igrejas que primeiro o leram e ouviram a sua mensagem.

Saber que o Apocalipse é a resposta ao clamor dos cristãos que sofriam a perseguição de Domiciano é entender que ele nunca se propôs ser uma previsão da apostasia católica romana ou uma cronologia da volta do Senhor.


3 - Muita coisa do simbolismo do livro do Apocalipse é incompatível com o método futurista. Chegando o futurista, ao capítulo 12 vê-se forçado a modificar radicalmente a sua posição e a admitir que o simbolismo trata dum evento do passado, ou, então a sustentar que o simbolismo marca alguma atividade do Israel da era final,


O simbolismo mui naturalmente fala do nascimento de Cristo e da tentativa do diabo para destruí-lo; mas os futuristas negam isto e fazem com que o livro seja, no seu aspecto central, mais uma obra judaica que cristã.

4 - Uma objeção final, mais subjetiva que objetiva, é a de que o método futurista se associa a uma filosofia materialista do Reino de Deus, admitindo a vitoria da causa da retidão em bases inteiramente contrárias às Escrituras. 

Qualquer sistema que se afasta dos propósitos da graça e da cruz de Cristo, para admitir outro método de vitória alem daquele ai descrito, torna-se repulsivo à mente cristã.

E o futurismo faz isso, quer o admita, quer não. Esse seu dispensacionismo é teologia judaica, muito ao gosto da literatura apócrifa. e não é teologia do Novo Testamento.



B) PONTOS FORTES DO MÉTODO FUTURISTA

Esta parte talvez devesse ser aberta com um ponto de interrogação, pois que um estudo aprofundado do assunto nos levaria a perguntar se existe de fato algum ponto forte neste método. Damos, a seguir, alguns pontos citados pelos futuristas a favor do seu sistema.


1 - Acham, de início, que o método futurista toma a Bíblia ao pé da letra, literalmente, sem acrescentar nem diminuir nada. Isto, a princípio, parece aspiração muito nobre. Não obstante, um estudo sincero nos mostra que a Bíblia foi escrita em diferentes estilos, apresentando a verdade por diferentes métodos.


Deve, portanto, ser interpretada de modo compatível com o método de apresentação. Assim, interpretar literalmente uma parábola ou interpretar poesia como história é coisa muito errada.

Semelhantemente, e errado interpretar um símbolo como fato. Isto resultaria em perverter as Escrituras e nunca ser leal ao seu verdadeiro significado.


2 - Os futuristas entendem que o seu método é o único que pode conservar viva e ativa a expectação do regresso do Senhor. Afirmam que todos os outros métodos minoram essa expectativa e fazem que os homens olhem para a terra, em vez de contemplar as nuvens dentre as quais Cristo virá – isto não é exato.


Há muitos cristãos sinceros e piedosos que adotam outros métodos de interpretação que reconhecem e se gloriam em todas as verdades neo-testamentárias relacionadas com a gloriosa doutrina da volta do Senhor.

Além disso, adotar um falso método de interpretação só com o fito de despertar interesse para uma doutrina, ainda que verdadeira, não nos parece razão muito justa. O Novo Testamento nos ensina a segunda vinda de Cristo em muitos outros lugares bem mais claramente do que no simbolismo do Apocalipse.


3 – Os futuristas sustentam ainda que interpretar-se o Apocalipse doutro modo que não pela admissão do milenismo impede o fervor ou o esforço evangelístico. 


Esta afirmativa também é falsa, e muitas vezes nem desafiada. Percebemos prontamente a sua falsidade quando olhamos para os que sustentam interpretações opostas. É bem verdade que muitos dos mais piedosos cristãos da história cristã foram milenistas. 

Mas não deixa de ser verdade também que muitos dos mais devotados evangelistas não foram milenistas.

Muitos pertenciam ao grupo dos "pós-milenistas", e outros muitos pertenciam ao velho grupo dos chamados "amilenistas". E sabemos que estes grupos negam positivamente os pontos de vista da escola milenista.

Esta recordação das "objeções" e dos "pontos fortes" nos mostra que a interpretação futurista do livro do Apocalipse, uma vez pesada na balança duma análise séria, foi achada em falta.

Parece de solidez para resistir aos impactos que se renovam contra ela, e em nada apresenta a firmeza das pirâmides do Egito.

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