Crise do Império Romano: A Igreja Cristã entre 100 e 313 d.C.


Destaques do Artigo:
🏛️ Decadência moral e corrupção no auge do Império.
⚔️ Invasões germânicas e a queda das fronteiras romanas.
👑 Reformas de Diocleciano e a ascensão de Constantino.

Crise do Império Romano: O cenário político e social da Igreja primitiva
Durante o período abrangido por este capítulo, o Império Romano alcançou a sua maior extensão. 

Na culminância do seu desenvolvimento, sob o governo de Trajano (98-117), o império compreendia todas as terras ao norte de Reno e do Danúbio e se estendia para o oriente até o Golfo Pérsico e o Mar Cáspio.

Todavia, as fronteiras normais limitavam-se com o Reno e com o Danúbio e, no oriente, até o rio Eufrates.

Decadência interna: Corrupção, escravidão e colapso econômico
Nestes dois séculos o império começou a apresentar sinais de decadência. Possuindo um território extensíssimo e uma população variadíssima, era difícil ser governado por uma única autoridade centralizada. 

Alguns imperadores foram fracos e maus. Os governos das províncias eram tão corruptos e opressores que findaram em ruína. 

A escravidão se espalhou não só na Itália mas em toda a parte e seus inevitáveis efeitos desastrosos corromperam o caráter de todas as camadas sociais, aniquilando todas as fontes de riqueza.

Políticas falhas: Enriquecimento de elites e empobrecimento social
Uma política econômica mal orientada enriqueceu uns poucos e empobreceu as classes média e baixa, provocando um decréscimo na população. 

O poder e prestígio dos romanos e dos habitantes de varias províncias foram corroídos pela decadência moral que atingiu não somente a aristocracia mas a todas as classes, provocando a imoralidade e a desonestidade no comércio e nos governos, a sensualidade, o desprezo pelo casamento e a degradação das diversões populares.

Ameaças externas: As tribos germânicas e o cerco às fronteiras
Enquanto o império se desmoronava internamente, começou a receber também ataques externos por parte dos bárbaros que eram, principalmente, as tribos germânicas, cujas terras se estendiam pelos baixos cursos dos grandes rios que deságuam no Mar Báltico e nos Mares do Norte. 

Daí, impelidos pelo crescimento das suas populações, pela falta de recursos e ainda atraídos pela rica civilização do império, começaram a emigrar, tribo por tribo, em direção ao sul, sudoeste e sudeste.

Este movimento migratório não era realizado por meras incursões, mas por um movimento de fixação, de estabelecimento definitivo de novos lares. 

Tais movimentos que duraram cerca de cinco séculos, modificaram a face da Europa, levando novas populações a muitas regiões. Somente os seus primórdios ocupam os dois séculos que estamos considerando.

Antes mesmo da era cristã, houve choques entre os romanos e os germanos. No primeiro século da nossa era, os romanos, reconhecendo o poder dos germanos, aceitaram a fronteira reno-danubiana, exceto a Dácia (atual România). 

Mais tarde, no segundo século, os germanos forçaram uma redução das fronteiras do império, o bastante para reduzirem o poder romano o mais possível. 

Daí em diante, os imperadores os aplacaram, aceitando muitas das tribos germânicas como aliados dando-lhes terras e colocando muitos dos seus chefes guerreiros no exército romano, que se tornou por essa razão, predominantemente germânico.

Reformas e divisão: Diocleciano, Constantino e o novo mapa do poder
Enquanto o império estava relativamente forte, estadistas como Diocleciano (284-305), vendo que o território era muito extenso para ser governado por um poder central, idealizaram uma divisão de autoridade entre quatro governadores, tendo como capitais Roma e Nicomédia na Ásia Menor. 

Este "quarteto trabalhoso" durou poucos anos até que as mãos poderosas de Constantino arrebataram todo o poder. Ele governava no ocidente ao fim deste período e, em 323, tornou-se o único imperador.



A preparação para o Cristianismo
01 - A contribuição dos Romanos, Gregos e Judeus
02 - Como era o mundo no surgimento do cristianismo

A fundação e expansão da Igreja
03 - Jesus e sua Igreja
04 - A Igreja Apostólica Até o Ano 100

A Igreja antiga (100 - 313)
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06 - Características da Igreja Antiga (100-313)

A Igreja antiga (313- 590)
07 - O mundo em que a Igreja vivia (313 - 590)
08 - Características da Igreja Antiga (313-590)

A Igreja no início da Idade Média (590 - 1073)
09 - O mundo em que a Igreja vivia (590-1073)
10 - Características da Igreja no início da Idade Média
11 - O cristianismo em luta com o paganismo dentro da Igreja

A Igreja no apogeu da Idade Média (1073 - 1294)
12 - A Igreja no Ocidente - O papado Medieval - Hildebrando
13a - Inocêncio III
13b - A Igreja Governa o Mundo Ocidental
14 - A guerra da Igreja contra o Islamismo - As cruzadas
15 - As riquezas da Igreja
16 - A organização da Igreja
17 - A disciplina e a lei da Igreja Romana
18 - O culto da Igreja
19 - O lugar da Igreja na religião
20 - A vida de alguns líderes religiosos: Bernardo, Domingos e Francisco de Assis
21 - O que a Igreja Medieval fez pelo mundo
22 - A igreja Oriental

Decadência e renovação na Igreja Ocidental (1294 - 1517)
23 - Onde a Igreja Medieval falhou
24 - Movimentos de protesto: Cataristas, Valdeneses, Irmãos
25 - A queda do Papado
26 - Revolta dentro da igreja: João Wycliff e João Huss
27 - Tentativas de reforma dentro da Igreja
28 - A Renascença e a inquietude social como preparação para a Reforma

Revolução e reconstrução (1517 - 1648)
29 - A Reforma Luterana
30 - Como Lutero se tornou reformador
31 - Os primeiros anos da Reforma Luterana
32 - Outros desdobramentos da Reforma Luterana
33 - A Reforma na Suíça - Zuínglio
34 - Calvino - líder da Reforma em Genebra
35 - A Reforma na França
36 - A Reforma nos Países Baixos
37 - A Reforma na Escócia, Alemanha e Hungria

A era da Reforma (1517 - 1648)
38 - A Reforma na Inglaterra
39 - Os Anabatistas
40 - A Contra-Reforma
41 - A Guerra dos Trinta Anos
42 - Missões

O cristianismo na Europa (1648 - 1800)
43 - A França e a Igreja Católica Romana
44 - A Igreja Católica Romana e a Revolução Francesa
45 - O declínio religioso após a Reforma
46 - A Igreja Oriental
47 - A Regra Puritana
47b - O Pietismo
48 - Restauração
49 - Revolução
50 - Declínio Religioso no começo do século 18
51 - O Reavivamento do Século 18 e seus resultados
52 - Os Pactuantes (Covenanters)
53 - O Século 18 na Escócia
54 - O Presbiterianismo na Irlanda

O Século 19 na Europa
55 - O Catolicismo Romano
56 - O Protestantismo na Alemanha, França, Holanda, Suíça, Escandinávia e Hungria
57 - O Movimento Evangélico na Inglaterra
58 - O Movimento Liberal
59 - O Movimento Anglo-Católico
60 - As Igrejas Livres
61 - As Igrejas na Escócia: despertamento, descontentamento e cisão
62 - As missões e o cristianismo europeu

O Século 20 na Europa
63 - História Política até 1935
64 - O Catolicismo Romano
65 - O Protestantismo no Continente
66 - A Igreja da Inglaterra
67 - As Igrejas Livres
68 - A Escócia
69 - A Igreja Ortodoxa Oriental
70 - Outros países orientais
71 - O Movimento Ecumênico

O cristianismo na América
72 - As primeiras tentativas
73 - As Treze Colônias
74 - Reconstrução e reavivamento após a Guerra da Independência
75 - O Século 19 até 1830 - Unitarianos, Discípulos e Missionários
76 - Expansão, Divisões e Abolição: O Impacto da Religião na América Pré-Guerra Civil (1830-1861)
77 - Entre a Guerra e a Reconstrução: O Papel das Igrejas de 1861 a 1890
78 - Imigração, Cristianismo Social e o Impacto da Primeira Guerra Mundial (1890 - 1929)
79 - Transformação e Resiliência: O Cristianismo Durante a Grande Depressão (1929 - 1940)

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