3 Razões infalíveis para uma pregação bíblica poderosa - Estudo Bíblico sobre Evangelismo e Missões


II Pedro 1.16-21

É inconcebível que os proclamadores das Boas Novas do reino não fundamentem a sua proclamação nas Escrituras Sagradas. No entanto, observa-se que muitos estão anunciando uma mensagem alicerçada em fontes estranhas à revelação divina.

O evangelho de Cristo tem sido comunicado, por várias pessoas e grupos religiosos, tendo como base experiências pessoais e práticas para as quais não se encontra apoio na Palavra de Deus.

O texto de 2 Pedro 1.16-21, se constitui numa defesa que o apóstolo faz da Palavra de Deus e do testemunho da fé cristã.

Diante dos falsos mestres da época que apresentavam uma mensagem complicada e elaborada por eles mesmos, desconsiderando a autoridade das Escrituras, o apóstolo Pedro afirma a superioridade da Palavra de Deus acima das experiências pessoais e subjetivas que alguém possa ter.

Ele afirma que a pregação do evangelho não pode ser resultado de invenções humanas, e sim um testemunho vivo de toda a revelação de Deus.

Vejamos, pois, algumas razões pelas quais é preciso apresentar uma proclamação bíblica.

1. A PROCLAMAÇÃO BÍBLICA CONFERE AUTORIDADE A MENSAGEM

A autoridade da mensagem profética no Antigo Testamento sempre esteve fundamentada na Palavra que o profeta recebia diretamente do Senhor.

Por isso, são frequentes as expressões “Assim diz o Senhor”, “Veio a mim a Palavra do Senhor" "Palavra que veio da parte do Senhor” (Ez 35.1; 36.16; 45.9; 46.1), e outras expressões que confirmavam as pregações proféticas, fazendo com que a mensagem fosse recebida não como mensagem de homem, mas de Deus.

Quando a proclamação é bíblica aquele que proclama pode estar certo de que a “palavra de Deus não volta vazia” (Is 55.11).

Na tarefa da evangelização todo cristão precisa do endosso da Palavra para que sua mensagem tenha autoridade. Aquele que sai para semear precisa semear as Boas Novas.

A autoridade da proclamação não está nas experiências que o cristão tem no dia-a-dia, nem na cultura que ele possui; não está no seu conhecimento de literatura, filosofia, teologia; não está nas “revelações” ou “visões” recebidas, nem no poder da oratória.

Pode-se afirmar com toda certeza que a proclamação da igreja no primeiro século, assim como em outros períodos da história da igreja cristã, foi sempre uma proclamação bíblica.

O apóstolo Paulo, escrevendo a Timóteo, declara: “Prega a Palavra...” (II Tm 4.2), pois ela é "fiel e digna de toda aceitação” (I Tm 4.9). É de se lamentar que muitos estejam enfatizando muito mais as suas experiências e a dos outros, as suas revelações e seus próprios pensamentos, do que a Palavra de Deus. A proclamação que não tem base bíblica não tem autoridade e não é digna de aceitação.

Para que a proclamação da igreja seja bíblica é preciso estudar e conhecer as Escrituras (II Tm 2.15), assim a mensagem não cairá no descrédito e não decepcionará e não escandalizará a muitos.

A autoridade da Palavra de Deus reside no fato de que...

"... nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação; porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana, entretanto homens (santos) falavam da parte de Deus movidos pelo Espírito Santo" (II Pe 1.21).

2. A PROCLAMAÇÃO BÍBLICA ATENDE A TODOS OS ANSEIOS DO SER HUMANO

Descrevendo a utilidade comprovada das Escrituras Sagradas o apóstolo Paulo afirma que...

"Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra" (I Tm 3.16-17).

Sendo uma Palavra que ensina, repreende, corrige, educa e aperfeiçoa, a Escritura Sagrada é capaz de atender a todos os anseios espirituais do ser humano.

A proclamação bíblica de Paulo e Silas em Beréia fez com que muitos cressem no evangelho. Foram homens e mulheres de alta posição que encontraram nas Escrituras Sagradas a satisfação e a realização plenas.

Eles examinavam todos os dias a Palavra para saber se o que os missionários pregavam era verdade que pudesse ser comprovada pela autoridade bíblica. (At 17.11.)

A excelência da Palavra de Deus é descrita no Salmo 119. O salmista proclama a integralidade da Escritura que é lâmpada para os seus pés e luz para os seus caminhos (v. 105).

Na proclamação do evangelho é de fundamental importância que o Cristo das Escrituras seja anunciado. A proclamação de Filipe a Natanael foi esta:

"... achamos aquele que Moisés escreveu na lei, e a quem se referiam os profetas, Jesus, o Nazareno, filho de José" (Jo 1.45).

Não é o Cristo criado pela imaginação humana, mas o Jesus das Escrituras.

Sem o apoio das Escrituras a proclamação não é evangélica e deixa sempre um grande vazio no coração do ser humano. As suas dúvidas não são retiradas e as suas necessidades não são supridas quando a mensagem transmitida não está fundamentada na Palavra de Deus.

É preciso proclamar uma mensagem bíblica, pois só as Escrituras testificam de Jesus (Jo 5.39).

3. A PROCLAMAÇÃO BÍBLICA TRANSMITE TODA A VERDADE DIVINA

Um risco sério e grave que corre aquele que proclama o evangelho do reino é ficar aquém ou além do que foi revelado na Palavra escrita de Deus. Há ainda o perigo da deturpação das Escrituras para favorecer ou confirmar opiniões pessoais. Foi por esse motivo que o apóstolo Paulo advertiu:

"Mas, ainda que nós, ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que nós temos pregado, seja anátema. Assim como já dissemos, e agora repito, se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que recebestes, seja anátema" (G1 1.9).

A Palavra de Deus encerra toda a verdade divina. Por isso, aquele que é zeloso em proclamar o evangelho bíblico está transmitindo toda a verdade divina.

Quando se prega a Palavra prega-se o amor e o juízo de Deus, o perdão e a condenação, a salvação e a rejeição, o céu e o inferno, a bondade e a justiça de Deus. A proclamação bíblica não apresenta apenas parte da mensagem, mas toda a mensagem.

É oportuno relembrar a afirmação paulina:

"... Não ultrapasseis o que está escrito; a fim de que ninguém se ensoberbeça a favor de um em detrimento de outro" (I Co 4.6).

Percebe-se que muitos são aqueles que estão envolvidos com a proclamação do evangelho, mas não estão proclamando a mensagem bíblica na sua totalidade. Falam de tudo e de todos, menos da Palavra.

Proferem belos discursos e são cheios de estratégias evangelísticas, mas não alimentam os seus ouvintes com toda a Palavra de Deus. Na tentativa de "encher" ou fazer "crescer” a igreja pregam mensagens vazias do conteúdo da Palavra. Vão além ou ficam aquém do que está escrito, esquecendo-se de que toda Escritura é inspirada por Deus.

Vale a pena lembrar a advertência bíblica:

"Eu, a todo aquele que ouve as palavras da profecia deste livro, testifico; se alguém lhes fizer qualquer acréscimo, Deus lhe acrescentará os flagelos escritos neste livro; e se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida. da cidade santa, e das cousas que se acham escritas neste livro" (Ap 22.18,19).

Não são suficientes os métodos sofisticados, entusiasmo, recursos humanos, financeiros e técnicos e criatividade, mas é preciso, sobretudo, uma proclamação com autoridade Bíblica, que atenda aos anseios humanos e que apresente toda a Verdade divina.

PARA PENSAR

"Percebe-se que muitos são aqueles que estão envolvidos com a proclamação do evangelho, mas não estão proclamando a mensagem bíblica na sua totalidade. Falam de tudo e de todos, menos da Palavra"

Autor: Sergio Pereira Tavares


Lista de estudos da série

Fundamentos da Missão: Por que Evangelizar?

1. Novo nascimento: o evangelho que transforma tudo – Estudo Bíblico 

Estratégias de Evangelismo: Métodos e Abordagens

14. A estratégia de Paulo no supermercado da fé – Estudo Bíblico sobre Atos 17 

Semeando Vida

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