Hino 155 - Castelo forte

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1. Castelo forte é nosso Deus,
Espada e bom escudo!
Com seu poder defende os seus
Em todo transe agudo.
Com fúria pertinaz
Persegue Satanás
Com ânimo cruel!
Mui forte é o Deus fiel,
Igual não há na terra.

2. A força do homem nada faz,
Sozinho está perdido!
Mas nosso Deus socorro traz
Em seu Filho escolhido.
Sabeis quem é? Jesus,
O que venceu na cruz,
Senhor dos altos céus,
E sendo o próprio Deus,
Triunfa na batalha.

3. Se nos quisessem devorar
Demônios não contados,
Não nos iriam derrotar
Nem ver-nos assustados.
O príncipe do mal,
Com seu plano infernal,
Já condenado está!
Vencido cairá
Por uma só palavra.

4. De Deus o verbo ficará,
Sabemos com certeza,
E nada nos assustará
Com Cristo por defesa!
Se temos de perder
Família, bens, prazer,
Se tudo se acabar
E a morte enfim chegar,
Com ele reinaremos!


Informações
Letra: Martinho Lutero, 1483 - 1546
Tradução: Jacob Eduardo Von Hafe, 1886 - através da versão espanhola de Juan Bautista Cabrera, 1837 - 1916
Música: Martinho Lutero - no "Gesangbuch", Wittenberg, 1529

Ênfase do hino: 
A ênfase principal do hino é a proteção divina e a força de Deus em meio às batalhas e aos ataques de Satanás. O hino destaca a importância da confiança em Cristo como aquele que venceu na cruz e triunfa sobre as forças do mal. O hino também enfatiza a certeza da vitória final dos cristãos, mesmo diante da morte e dos sofrimentos da vida.

Teologia do hino: 
O hino enfatiza a proteção divina e a força de Deus em meio às batalhas e aos ataques de Satanás, mostrando que ele é aquele que nos defende e nos protege em todos os momentos. Ele destaca a importância da confiança em Cristo como aquele que venceu na cruz e triunfa sobre as forças do mal. O hino também enfatiza a certeza da vitória final dos cristãos, mostrando que, mesmo diante dos sofrimentos e da morte, os crentes têm a garantia da vida eterna em Cristo.

Textos bíblicos: 
O hino é baseado em vários textos bíblicos que falam da proteção divina e da força de Deus em meio às batalhas e aos ataques de Satanás, como Efésios 6:10-11, que diz: "Finalmente, fortaleçam-se no Senhor e no seu forte poder. Vistam toda a armadura de Deus, para poderem ficar firmes contra as ciladas do diabo." 

O hino também faz referência à vitória final dos cristãos sobre a morte e as forças do mal, mencionado em várias passagens bíblicas, como 1 Coríntios 15:54, que diz: "Quando o que é mortal se revestir de imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrita: 'A morte foi destruída pela vitória.'"

Metáforas e simbologia: 
O hino utiliza a metáfora do Castelo Forte para descrever a proteção divina e a força de Deus em meio às batalhas e aos ataques de Satanás. A expressão "Castelo forte é nosso Deus, espada e bom escudo!" é uma metáfora para descrever a proteção e a defesa que Deus oferece aos seus filhos. A simbologia da espada é usada para descrever a força de Deus em vencer as forças do mal e derrotar Satanás.

Aplicação prática: 
O hino nos encoraja a confiar em Deus como nossa proteção e defesa em meio às batalhas e aos ataques de Satanás. Ele nos lembra da importância da confiança em Cristo como aquele que venceu na cruz e triunfa sobre as forças do mal. O hino é uma expressão de submissão e confiança em Deus como nosso Castelo Forte e em Cristo como nosso Salvador.

Quando cantar: 
Este hino é apropriado para qualquer ocasião de adoração ou louvor, especialmente durante momentos de reflexão sobre a proteção divina e a força de Deus em meio às batalhas e aos ataques de Satanás. Pode ser particularmente significativo em momentos de perseguição e sofrimento, lembrando-nos de que Deus está sempre presente e nos defendendo em todo tempo. Também pode ser apropriado em momentos de celebração da vitória final dos cristãos sobre a morte e as forças do mal, e da importância de confiarmos em Cristo como nosso Salvador e protetor.

História
Músico e poeta, Martinho Lutero cuidou desde cedo da música da nova igreja que surgiu como conseqüência do movimento desencadeado pela sua postura contestadora e indagativa. Uma atenção muito especial foi dada ao canto congregacional, abolido desde o século segundo pelas "Constituições apostólicas".

Lutero partiu do princípio de que o povo precisava das Escrituras traduzidas para o alemão e também cantar em alemão, em lugar do latim.

Igualmente achou que a congregação poderia cantar coisas mais fáceis que motejos e missas polifônicas complexas.

Passou a usar o estilo "coral", constituído de uma melodia acessível e harmonizada simplesmente para quatro vozes.

Os textos dos hinos foram escritos ou traduzidos por muitos poetas da época, entre eles o próprio Lutero que também compôs corais, juntamente com outros compositores.

É o caso deste majestoso hino, chamado "Marselhesa da Reforma" pelo grande Heinrich Heine. Acredita-se que tenha sido escrito para a Dieta de Spira em 1529, ocasião em que os príncipes alemães formalizaram seu protesto contra a revogação de seus direitos e por isso foram chamados "protestantes".

James Moffat se refere a este hino como sendo "o maior hino do maior homem do maior período da história da Alemanha".



Considerado hino universal do evangelismo, tem atravessado os séculos com a mesma força emanada da solidez das palavras do Salmo 46 que o inspirou.

Diversos compositores deram um tratamento especial à melodia ao longo dos períodos históricos, destacando- se a Cantata n° 80 "Ein feste Burg ist unser Gott" de J. S. Bach e a "Sinfonia da Reforma", de Felix Mendeissohn-Bartholdy.

Traduzido para todas as línguas vivas, o hino de Lutero chega até nós por diversos caminhos, sendo a tradução de Von Haife considerada a melhor e adotada na maioria dos nossos hinários. Teria ele tomado por base a tradução espanhola do Bispo Juan Bautista Cabrera feita diretamente do original alemão.

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