Cuidado: Suas Palavras Podem Ser Demoníacas - Reflexão Bíblica sobre Calúnia

"Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão... caluniadores..." - 2 Timóteo 3.1,3

De acordo com o dicionário, calúnia significa acusação falsa que fere a honra ou a reputação de alguém; é uma invenção ou mentira sobre a vida de uma pessoa.

Mas quando olhamos para a Bíblia, o significado da palavra calúnia ganha profundidade e gravidade maior.

A Origem Diabólica da Calúnia

Em 2 Timóteo 3.3 e em vários outros textos, a palavra usada é a grega diabolos. Reconhece esta palavra? Sim, é a mesma que nós também traduzimos como diabo.

Além de todos os sentidos que possui no português, essa palavra no grego significa caluniador, ou aquele que calunia.

O nome do diabo já o define como caluniador e mentiroso, pois desde o princípio ele é o falso acusador. No Jardim do Éden, o diabo mentiu ao afirmar que o ser humano não morreria ao desobedecer a Deus (Gênesis 3.4). Ele questionou diante de Deus as motivações e a honra de Jó (Jó 1.9-11).

Quando Jesus foi jejuar no deserto, o diabo o tentou de várias formas, na vã esperança de desviar o próprio Deus de sua missão de salvar pecadores na cruz (Lucas 4.1-13).

“Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira”, diz Jesus em João 8.44.

Portanto, quem usa da calúnia está se comportando como o diabo. E apesar da seriedade e consequências, é um recurso muito utilizado por pessoas que querem vencer um concorrente não pela sua competência e honestidade, mas desejam derrubar, pisar, destruir e humilhar.

A Calúnia como Arma de Destruição

No meio político isso é conhecido como ‘jogo sujo’, quando notícias falsas são plantadas para mudar a preferência do eleitorado.

E quanto disso não termina literalmente em morte? Foi o que aconteceu com Nabote, que possuía uma plantação de uvas, herança de seus pais. Ele não queria vendê-la a ninguém, nem ao rei Acabe.

O rei, influenciado por sua esposa Jezabel, fez um arranjo para que duas testemunhas caluniassem contra Nabote perante os juízes da cidade. O homem foi apedrejado e morto injustamente, vítima de calúnia (1 Reis 21.13). Até mesmo Jesus foi alvo de calúnias para que isso justificasse a pena de morte na cruz (Mateus 26.59-60).

Vivemos tempos difíceis, onde muitos estão agindo como o diabo. São caluniadores, fofoqueiros, destrutivos e usam suas línguas para matar ao próximo, envenenando-o aos poucos.

Lembremos que “toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no Dia do Juízo” – Mateus 12.36.

A justiça dos homens pode ser falha, porém “horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo”. – Hebreus 10.31.

E você, como tem usado sua língua? Para transmitir coisas boas ou más? Para ajudar as pessoas ou destruí-las? Lembre-se que a maneira como usamos a língua mostra o que há no nosso coração (Lucas 6.45) e de quem de fato somos filhos (João 8.44).

Autor: Andrei Barros

Índice da Série: Tempos Difíceis

01 - A jactância
02 - A avareza
03 - O egoísmo
04 - A blasfêmia
05 - A arrogância
06 - A desobediência aos pais
07 - A ingratidão
08 - A irreverência
09 - A desafeição
10 - Os implacáveis
11 - A calúnia
12 - A falta de domínio próprio
13 - A Crueldade
14 - Os inimigos do bem
15 - A traição
16 - Os atrevidos
17 - Os que inflam seus egos
18 - Os amigos dos prazeres
19 - A falsa piedade

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