Hino 188 - Clara luz




1. Quanta dor, quanta amargura 
Vem meu peito retalhar!
Não importa, se diviso
Clara luz além brilhar!
 
Nela, cheio de esperança,
Cravo os olhos tristes meus:
Ela é selo e garantia
Do supremo amor de Deus.


2. Deus predestinou-me e fala:
"Tens em Cristo a Redenção;
Sou a luz dos pecadores,
Dissipando a escuridão".
 
Vamos, vamos, companheiros,
Caminhemos nessa luz,
Que através da escura noite
Resplandece sobre a cruz.


3. Eia, avante, a passos largos,
Vamos, vamos sem parar!
Ficará em densas trevas
Quem na luz não caminhar!
 
Pois nos mostra a bela terra
Donde mana leite e mel;
Essa luz jamais se apaga,
Pois provém do Deus fiel.


Esperança - 184 a 191
Hino 184 - Face a face
Hino 185 - Glória vindoura
Hino 186 - Lar do céu (História)
Hino 187 - Cidade Celestial
Hino 188 - Clara luz (História)
Hino 189 - Jerusalém Celeste
Hino 190 - Maior que a dor
Hino 191 - Rio da Vida

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Informações
Letra: Júlio Cesar Ribeiro
Música: José Maurício Nunes Garcia, 1801
Arranjo: João Wilson Faustini, 1969

Ênfase do hino
A ênfase principal do hino é a presença da luz divina que ilumina o caminho dos crentes, mesmo em meio à dor e à amargura.

O hino destaca a importância da esperança e da redenção em Cristo e incentiva os crentes a caminhar na luz divina, que é a garantia do amor supremo de Deus.

Teologia do hino
O hino expressa a teologia da luz divina, que é vista como a presença de Deus na vida dos crentes, iluminando o caminho daqueles que confiam em Cristo.

A importância da redenção em Cristo é vista como a fonte da nossa esperança e da nossa salvação, enquanto a luz divina é vista como a garantia do amor fiel de Deus.

Textos bíblicos
- "Disse-lhes, pois, Jesus: A luz ainda está convosco por um pouco de tempo. Andai enquanto tendes luz, para que as trevas não vos apanhem; porque quem anda nas trevas não sabe para onde vai." (João 12:35)

- "Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado." (1 João 1:7)

- "Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo." (2 Coríntios 4:6)

Metáforas e simbologia
- "Luz divina": A figura da luz divina simboliza a presença de Deus na vida dos crentes, iluminando o caminho daqueles que confiam em Cristo e dando-lhes esperança e segurança.

- "Terra onde mana leite e mel": A figura da terra onde mana leite e mel simboliza a vida eterna em Cristo, que é vista como uma terra de bênçãos e de abundância.

- "Caminhar na luz": A figura de caminhar na luz simboliza a confiança e a obediência dos crentes a Deus, que é a fonte da luz divina que ilumina o caminho daqueles que o seguem.

Aplicação prática
O hino nos encoraja a caminhar na luz divina de Deus, mesmo em meio à dor e à amargura, tendo a esperança e a confiança na redenção que temos em Cristo.

Isso envolve reconhecer a importância da nossa caminhada na luz de Deus, buscando viver uma vida de obediência e de confiança em Deus em todas as áreas de nossas vidas.

Quando cantar
Este hino é apropriado em momentos de culto de adoração e devoção, especialmente quando se deseja enfatizar a presença da luz divina de Deus em nossas vidas, a importância da nossa caminhada na luz de Deus e a esperança e a segurança que temos em Cristo.

Também pode ser apropriado em momentos de reflexão sobre a nossa fé e a nossa confiança em Deus, bem como em momentos de encorajamento e de fortalecimento da nossa esperança em Cristo.

História
O Prof. Júlio Cesar Ribeiro, jornalista, romancista e filólogo renomado, nasceu em Sabará em 1845, professou a fé e foi batizado em São Paulo pelo Rev. Chamberlain em 1870.

Escritor, poeta e tradutor, tem uma excelente contribuição à hinologia brasileira.

Auxiliou o Rev. João Boyle, em 1888, na revisão do "Hynmos Evangélicos e Cânticos Sagrados".

É autor de uma "Gramática" muito usada nas primeiras décadas século XX.

O Rev. João Wilson Faustini fez este arranjo para a música do Padre José Maurício Nunes Garcia, o "Padre-Mestre do Brasil Colônia".

Ao chegar ao Brasil em 1808, D. João VI espantou-se ao encontrar aqui um músico da qualidade de José Maurício e deu-lhe o cargo de Mestre da Capela Real, no Rio de Janeiro.

Compositor comparado aos melhores da Europa, José Maurício tem uma obra litúrgica da mais alta qualidade, difundida no Brasil e no exterior, que compreende várias Missas, Te Deum, motetos, etc., além de obras seculares.

Filho de mestiços, nasceu em 1767 no Rio de Janeiro e estudou música praticamente sozinho.

Teve inúmeros alunos e foi considerado um dos maiores improvisadores do mundo no teclado.

Em 1821 D. João VI retorna a Portugal e José Maurício fica desamparado, doente e falece em 1830.

Foi um grande amigo do músico austríaco Segismund Neukomm, aluno de Haydn, que esteve durante alguns anos no Brasil.

Semeando Vida

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