Texto básico: Isaías 9.1-7
Introdução
Jesus é o mais sublime e doce nome de todo o universo. Deus, o Pai, "o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra" (Fp 2.9,10). Este nome é o único pelo qual importa que sejamos salvos (At 4.12).
Jesus, nosso Salvador, apresenta infinitas perfeições, por isso, uma quantidade grande de nomes e designações lhe são atribuídas. Nossa lição estudará os quatro nomes que Isaías lhe dá no capítulo 9 e como eles são preciosos para nós.
Um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será:
1. Maravilhoso Conselheiro
As versões mais antigas dividem esse nome em dois, mas a estrutura do versículo indica que esses termos formam um nome só.
A primeira perfeição de Jesus pode ser vista em suas palavras. Ele é o Verbo de Deus encarnado. Ele é a sabedoria que acompanhou o Senhor antes da fundação do mundo (Pv 8.22).
Jesus é a luz do mundo que ilumina a todo homem. Seu conselho é claro e prudente. Ao ouvir seus conselhos, os homens têm a venda tirada dos seus olhos e podem acertar o caminho da vida.
Jesus é Maravilhoso Conselheiro. Podemos ver isso claramente em seu ministério. Seus ensinos, parábolas e respostas lhe confeririam o título de Rabi, mestre. Um mestre diferente dos demais, que falava com autoridade (Mt 7.28).
Certa vez, os guardas do templo foram enviados para prender Jesus. Não puderam fazê-lo. Perguntados sobre o motivo responderam: "Jamais alguém falou como este homem" (Jo 7.46). E nem poderia ser diferente. Ali estava alguém maior do que Salomão. Na verdade, a fonte na qual Salomão buscou sua sabedoria.
2. Deus Forte
Jesus também é Deus forte. Ele é Deus em sua plenitude. Por meio dele todas as coisas foram criadas e sem ele nada do que foi feito se fez (Jo 1.3). "... nele, habita, corporalmente, toda a plenitude da Divindade... Ele é o cabeça de todo principado e potestade (Cl 2.9,10).
Jesus é Deus em toda a sua força e poder. Ele alegrou o seu povo. O homem andava sob um jugo pesado, com uma vara ferindo os ombros e oprimido.
Mas Jesus veio e tirou de sobre nós todo esse peso. Com sua força ele pôde tomar sobre si toda essa carga e colocar sobre nós um leve jugo. Estávamos cansados, mas ele nos deu descanso (Mt 11.28-30).
Os escravos do pecado foram libertados. O Deus Forte venceu o poder da morte e de Satanás e tomou as chaves da morte e do inferno. Agora ninguém pode tirar a suas ovelhas de suas mãos (Ap 3.7).
Como foi divinamente poderoso o ministério de Jesus! As enfermidades, a natureza e os espíritos malignos se submetiam a Jesus. Foram incontáveis os sinais que demonstravam que Jesus era o Filho de Deus. Os discípulos de João foram até Jesus e perguntaram:
Lc 7.20-22
És tu aquele que estava para vir ou esperaremos outro? Naquela mesma hora, curou Jesus muitos de moléstias, e de flagelos, e de espíritos malignos; e deu vista a muitos cegos... os cegos veem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres, anuncia-se-lhes o evangelho.
Que resposta!
Mas a maior prova do poder de Jesus se vê em sua ressurreição. Jesus disse: "Ninguém tira a minha vida de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la" (Jo 10.18).
E assim foi. Jesus entregou a sua vida na cruz e no terceiro dia ressuscitou como havia dito. E mais, antes de subir ao céu, Jesus declarou a seus discípulos: "Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra" (Mt 28.18).
Agora todos os seus inimigos estão debaixo de seus pés. Jesus é o Deus Forte acima de todo principado e potestade no céu e na terra.
3. Pai da Eternidade
Isaías também chama Jesus de Pai de Eternidade. Esse nome aponta a qualidade da pessoa e da obra de Jesus. Ele deixa claro que Jesus não determina somente um período na história da humanidade. Ele não pode ser confundido com um grande líder do passado.
Alguém que, ao partir, deixou suas marcas para a posteridade. De modo nenhum. Jesus está presente na história desde o seu início e estará presente e em lugar de destaque em sua consumação. Ele é o alfa e o ômega, o primeiro e último. Ele é o eterno, o Pai da Eternidade.
A história de Jesus não tem um início. É certo que ele nasceu há cerca de 2000 anos em Belém, mas muito antes disso, o Filho já gozava dessa característica divina chamada eternidade.
A seus opositores Jesus disse certa vez: "Antes que Abraão existisse, Eu Sou." (Jo 8.58). E em sua oração antes de sua crucificação ele tem um claro e definido pedido ao Pai: "... glorifica-me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que eu tive junto de ti, antes que houvesse mundo." (Jo 17.5)
Jesus também permanece para sempre. É por isso que Isaías anuncia paz sem fim sobre o trono de Davi e que o reino do Messias seria estabelecido e firmado para sempre (v.7).
Os efeitos decorrentes da obra de Jesus não são temporários, nem mesmo restritos à história humana (que terá um final). São eternos, saltam para a eternidade. Por isso ele pode dizer: "... quem crê em mim tem a vida eterna... Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém dele comer, viverá eternamente" (Jo 6.47,51).
Sendo eterno e Pai da Eternidade, Jesus pode gerar a eternidade em nós. Pode nos levar para a eternidade e viver ali eternamente conosco. Em sua eternidade, Jesus pode acompanhar todos os santos que viveram antes de sua vinda; e o mais importante, acompanhará o seu povo todos os dias até a consumação dos séculos.
Ele, ainda hoje, está conosco, dirigindo-nos, aconselhando-nos, protegendo-nos, curando-nos, etc. Podemos experimentar sua companhia porque ele é o Pai da Eternidade.
4. Príncipe da Paz
Este é último nome que Isaías dá a Jesus nesse texto. Jesus é o principal promotor da paz. Ele deixou-nos a verdadeira paz, a sua paz; uma paz totalmente diferente da paz que o mundo pode oferecer. Sua paz trata do nosso relacionamento uns com os outros, mas principalmente de nosso relacionamento com Deus.
O homem está totalmente afastado de Deus. Seus padrões e conceitos são pecaminosos e, portanto, frontalmente ofensivos ao Senhor. A Bíblia chama o homem de inimigo de Deus. Há um imenso abismo que distancia Deus e os homens; e o pior, o homem só poderia encontrar-se com Deus para ser destruído e consumido pela ira divina.
Mas Jesus veio trazer a paz. Através de Cristo, Deus reconciliou o mundo consigo mesmo. De inimigos, que éramos, passamos a ser amigos, filhos. Justificados pela fé temos paz para com Deus (Rm 5.1). Paulo diz aos efésios que Jesus é a nossa paz (Ef 2.14).
Que sublime paz, o Príncipe da Paz nos concede. Não precisamos mais nos esconder tentando fugir da ira de Deus. Essa ira foi aplacada por Cristo e foi transformada numa segura aliança na qual Deus afirma todo o seu amor por nós.
Em paz com Deus, somos chamados a ser embaixadores da paz no mundo. "Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus" (Mt 5.9).
Ο Príncipe da Paz preenche-nos de tal forma com sua paz que não podemos viver em guerra com ninguém. Assim, Jesus age em nós fazendo-nos perdoar e amar uns aos outros. Sua paz nos dá condições de amar os nossos inimigos. Podemos, então, orar por eles e ajudá-los quando precisarem de nós.
Conclusão
Que nome precioso possui o nosso Senhor Jesus. Diante desse nome se dobrará todo joelho no céu, na terra e debaixo da terra. Antecipemo-nos exaltando e anunciando as perfeições de Jesus, nosso Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade e Príncipe da Paz.
Estaremos envolvidos assim na mais gloriosa tarefa que alguém pode realizar (Is 52.7).
Aplicação
Acenda em seu coração essa grata e feliz confiança e creia que Jesus é tudo o que você precisa para sua vida e sua salvação.
Autor: Dário de Araújo Cardoso