A pessoa de Cristo (3)


Cristo também foi completamente humano. Esta verdade é ensinada nas Escrituras. Na última reflexão, mostramos características de Jesus que confirmam sua humanidade. Ele possuiu corpo, mente e emoções humanas.

Todavia, qual seria o motivo pelo qual Cristo deveria vir como homem? É essa questão que pretendemos responder nas próximas edições. 

Comecemos:


1. Para nos representar em sua obediência
Jesus em nenhum momento pecou (1 Pe 2.22). Ele fez isso para se tornar nosso representante, sendo obediente a Deus em nosso lugar naquilo que Adão fracassou. Cristo não sucumbiu à tentação de Satanás, como ocorreu com Adão e Eva (Lc 4.1-13; Gn 2.15-3.7). 

É por isso que Paulo escreveu:

“Pois assim como, por uma só ofensa, veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também, por um só ato de justiça, veio a graça sobre todos os homens para a justificação que dá vida. Porque, como, pela desobediência de um só homem, muitos se tornaram pecadores, assim também, por meio da obediência de um só, muitos se tornarão justos” (Rm 5.18-19).

2. Para nos substituir em seu sacrifício
Se Jesus não fosse homem, não seria possível que ele morresse em nosso lugar e, assim, não poderia pagar a penalidade que recaía sobre nós. De acordo com Hebreus, Jesus deveria ser homem e não um anjo, pois o objetivo de Deus era salvar os homens e não os anjos (Hb 2.16).


Hebreus ainda nos informa que “convinha que, em todas as coisas, se tornasse semelhante aos irmãos [...] para fazer propiciação pelos pecados do povo. (Hb 2.17). 

Em outras palavras, o autor ensina que Cristo se tornou o homem para que, morrendo em nosso lugar, aplacasse a ira de Deus (Hb 2.9). Portanto, se Cristo não se tornasse homem, jamais poderia ter morrido a nossa morte para pagar a pena pelo pecado. 

3. Para ser nosso mediador
O homem, naturalmente, está separado de Deus por causa do pecado. Por conta disso, necessitou que alguém o colocasse diante de Deus.

A raça humana precisou de alguém que pudesse representá-la diante de Deus. Para executar essa tarefa, Jesus precisava ser plenamente humano e divino. É por isso que Paulo escreveu: “Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem” (1 Tm 2.5).

Conclusão
O fato de Cristo se encarnar não foi um evento fruto de mera criatividade de Deus. Pelo contrário, foi consequência de sua providência e visou fins específicos.

Hoje, aprendemos que a encarnação de Cristo visava nos representar na obediência, nos substituir no sacrifício e nos apresentar diante de Deus. Sua obra, portanto, revela seu amor, sua providência e sua perfeição. A Ele, a nossa gratidão. A Ele, toda honra e toda glória.

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