No último estudo bíblico deste tema refletimos brevemente sobre o ofício sacerdotal de Cristo. Jesus foi o sacerdote perfeito. A seguir, abordaremos outro ofício, a saber, o profético.
No AT os profetas transmitiam a palavra de Deus. Primeiro veio Moisés; a seguir, outros. Abaixo, veremos aspectos relacionados a esse ofício.
1. As evidências bíblicas.
A Bíblia comprova o ofício profético de Cristo de diversas formas. Moisés, em Dt 18.15, predisse a vinda de Cristo como um profeta. Essa passagem foi aplicada a Jesus em At 3.22.
Além disso, Cristo refere-se a si mesmo como profeta em Lc 13.33. Ele afirmou que era portador da mensagem de Deus (Jo 8.26-28; 12.49,50; 14.10,24; 15.15; 17.8,20), bem como anunciava eventos futuros (Mt 24.3-35; Lc 19.41-44).
Finalmente, suas obras serviram para confirmar sua mensagem, e assim ser reconhecido como profeta (Jo 9.17).
2. Jesus era a fonte da revelação de Deus.
Cristo foi diferente dos profetas do AT, visto que não apenas transmitia a revelação de Deus - Ele era a própria fonte da revelação divina.
No AT, os profetas diziam: “Assim diz o Senhor”; entretanto Jesus declarava: “Eu, porém, vos digo...” (Mt 5.22). A palavra do Senhor era dirigida aos profetas do AT, contudo Jesus ensinou com autoridade, sendo ele o próprio verbo eterno de Deus (Jo 1.1), que revelou o Pai (Jo 14.9; Hb 1.1-2).
3. Seu ofício ocorreu também no Antigo Testamento.
O teólogo Louis Berkhof demonstra que Jesus atuou como profeta ainda no AT, nas revelações especiais do Anjo do Senhor.
Ele acrescenta que em Provérbios 8 Jesus apareceu como a sabedoria personificada que ensinava os homens.
Além disso, afirma Berkhof, Jesus esteve atuante nas proclamações dos profetas do AT, “nos quais agiu como o espírito da revelação (1 Pe 1.11)”. Portanto, o ofício de profeta de Jesus não foi exercido apenas no NT.
Conclusão
Jesus, além de sacerdote, também tem o ofício de profeta. Tal ofício é comprovado em vários textos da Escritura. Além disso, Cristo é a própria fonte da revelação de Deus, que ocorreu também no AT. Essas características o revelam como perfeito e divino; portanto, digno de honra e louvor.
Autor: Carlos Souza