A missão da manjedoura: Como o Rei veio para ser o Reconciliador de todas as coisas – Sermão sobre Colossenses

"e que, havendo feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele, reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, quer sobre a terra, quer nos céus" (v.20). - Colossenses 1.19-20

Neste domingo comemoramos o III Domingo do Advento e daqui há alguns dias estaremos a comorar o Natal do Senhor Jesus.

É possível falar de Natal sem Jesus? Não, não existe Natal sem Jesus. Natal é um período de muita alegria.

A Igreja se alegra. Os crentes se alegram. O mundo se alegra. Parece até uma coisa paradoxal, mas a verdade é que o mundo se reveste de um clima profundamente alegre.

Mesmo, os ímpios, aqueles que não creem, são tomados da surpresa de que estão se alegrando neste período. E você pergunta: "Como pode ser uma coisa dessas? O ímpio se alegrar no período do Natal, mesmo não crendo?"

A resposta é sobre a Graça comum. Ela se manifesta sobre todos, indistintamente. Só que no final terá o seu aspecto de Juízo.

Qual o significado do Natal? Para o cristão é um momento celebrativo, de grande alegria, de muita festa, de imensa felicidade.

O Natal de Jesus deve nos lembrar o que Deus fez por nós enviando Seu Filho Unigênito:

1. Como reconciliador, Jesus é ilimitador amor do Pai na reconciliação

"...e que, havendo feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele, reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, quer sobre a terra, quer nos céus". (v.20).

Em João 3.16, no versículo que resume todas as Escrituras Sagradas vemos o nosso Senhor Jesus Cristo dizendo a um homem, chamado Nicodemos: "Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele".

Este amor é Ilimitado:

  • Porque, como Pai, Deus submete seu Filho, à triste e rude existência humana dando-O.
  • Porque, como Pai, Deus entrega seu Filho.
  • Porque, como Pai, Deus presenteia o crente com a vida eterna.

2. Como reconciliador, Jesus é o grandioso pacifista do Pai

"E a vós outros também que, outrora, éreis estranhos e inimigos no entendimento pelas vossas obras malignas," (v.21).

O Profeta Miquéias, cerca de 700 anos assim profetizou:

"E tu, Belém-Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são deste os tempos antigos, desde os dias da eternidade. Portanto, o SENHOR os entregará até ao tempo em que a que está em dores tiver dado à luz; então, o restante de seus irmãos voltará aos filhos de Israel. Ele se manterá firme e apascentará o povo na força do SENHOR, na majestade do nome do Senhor, seu Deus; e eles habitarão seguros, porque, agora, será ele engrandecido até aos confins da terra. Este será a vossa paz" (Miquéias 5.2-5a).

Ele é o Grandioso Pacifista:

- Porque é o Príncipe da Paz, conforme profetizou Isaias 9.6.

- Porque ele apregoou a Paz. "Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus." (Mt 5.9).

- Porque é Ele quem gera a verdadeira Paz - "Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize" (Jo 14.27).

- Porque Ele nos justificou perante Deus. "Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo" (Rm 5.1).

3. Como reconciliador, Jesus é o poderoso mediador entre os homens e o Pai

Há uma história Russa que conta sobre dois homens, um era muito rico, e o outro era o seu servo, que estavam perdidos num lugar, numa noite, porque a neve havia caído e eles não conseguiam encontrar o caminho para casa.

Na manhã seguinte, os amigos foram à procura deles e encontram o homem rico congelado, com o rosto enterrado na neve. Quando eles o levantaram, encontraram o servo, também enregelado, mas vivo. 

O servo sobreviveu e disse como o seu senhor, voluntariamente, se deitou em cima dele para aquecê-lo e por isso permaneceu vivo.

Maxwell Cato conta esta história num dos seus livros, e depois comenta: "Jesus é o mestre que morreu pelos seus servos, ele é o general que fez provisão para os erros de seus soldados. Ele é o Filho do Homem que veio para servir e dar Sua vida como resgate de você e eu".

  • Em primeiro lugar Ele Se entrega numa manjedoura.
  • Em segundo lugar Ele Se entrega num ministério de 33 anos.
  • Em terceiro lugar Ele Se entrega no Suplício de uma Cruz.

Conclusão

Jesus, o Rei Reconciliador veio para trazer o Ilimitado Amor Pai, como o Grande Pacifista e o Poderoso Mediador. Só no seu sangue e sua Graça, encontramos Paz e Salvação. 

Portanto, um FELIZ NATAL a você. Um verdadeiro Natal de Cristo, nosso amado Senhor e Salvador.

Autor: Antonio Coine.


Lista de sermões da série

1. O Rei antes do berço: A verdadeira realeza que o Natal celebra – Sermão sobre Colossenses

2. O rosto de Deus na manjedoura: Como Jesus tornou o Deus invisível conhecido por nós – Sermão sobre Colossenses

3. O Criador no presépio: O segredo por trás do título "primogênito de toda a criação" – Sermão sobre Colossenses

4. O presente que nos deu um propósito: Jesus como o cabeça que guia e sustenta a Igreja – Sermão sobre Colossenses

5. A missão da manjedoura: Como o Rei veio para ser o Reconciliador de todas as coisas – Sermão sobre Colossenses

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