Agradando a Deus ou a homens?


Marcos 7:6-9

Quando queremos agradar uma pessoa, precisamos conhecer o que ela gosta. É muito prático pensar que aquilo que nós gostamos é o que ela vai gostar também.

Assim, erramos quando convidamos alguém para almoçar em nossa casa e fazemos o prato que mais gostamos, ou quando queremos tornar um ambiente agradável para alguém e colocamos uma decoração que nos agrada.

Poderíamos errar menos se pensássemos no que realmente fazer para agradar alguém e pensar sinceramente se queremos agradar alguém, ou se queremos ser agradados.

Se fizermos esta comparação em relação à nossa adoração e às nossas programações da igreja, ficaremos surpresos em ver como nos esquecemos de pensar se realmente estamos agradando a Deus com as nossas apresentações, liturgias, pregações e até orações.

A criatividade humana tem se extrapolado. Podemos oferecer a Deus algumas coisas que Ele não tem prazer em receber. Muitas vezes dizemos que o culto foi uma bênção, que o culto foi muito agradável. Mas quem se agradou?

Muitas vezes dizemos isso quando nós fomos agradados. Para nós isso é suficiente e temos a sensação de que quando somos agradados é porque Deus também se agradou.

Muito mais do que uma apresentação ou programação especial, Deus se agrada quando Ele é o motivo de nossa atenção especial.

“Deus não tem prazer em holocausto, mas em um coração contrito e sincero”. Se fizermos uma análise sincera, a maior parte das atividades que chamamos de especiais são chamadas assim, pois alguém estará em evidência neste dia.

Quase sempre não é em Deus que está a nossa principal atenção, não é Deus a principal motivação para nossa participação. E dizemos: Vai ser muito bom!



Por incrível que pareça, embora muitos dêem ênfase à adoração e se intitulem adoradores extravagantes, é exatamente na adoração que se encontra a maior crise brasileira. Pois, ao invés de adoração a Deus, estamos buscando cada vez mais ser agradados e até adorados. 

O que as pessoas estão chamando de adoração está mais para entretenimento espiritual. Até acredito que muitos são sinceros no que buscam, mas atraem outros que não sabem o que estão fazendo.

Não se deixe levar por novidades espetaculares, por movimentos que pregam estar muito acima dos outros, movimentos que estão na moda, aos quais a maioria das pessoas está se dirigindo.

Com este texto não quero ser radical, dizendo que não podemos mais ter apresentações musicais ou que devemos ter um culto monótono no qual somente existem leituras e cânticos de hinos tradicionais.

Quero nos alertar para os problemas da modernidade litúrgica e da nossa tendência natural à idolatria (adorando a criatura no lugar do criador). Quanto mais novidades aparecem dentro da igreja, mais riscos corremos de errar apresentando fogo estranho no altar do Senhor.

Precisamos nos modernizar, mas nunca deixar que o encanto da modernidade ofusque o brilho incomparável do nosso Deus, que deve ser o centro da adoração. E se há algo indispensável em um culto é a presença de Deus.

Que o Senhor nos faça verdadeiros adoradores que O adoram em Espírito e em verdade. 

Semeando Vida

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