É penosa a vida do pescador, e ele reconhece e sente isso quando, cochilando à beira do rio, acorda com o miado de uma onça ou com o silvo de uma cobra.
Ou ainda quando presume que o anzol que deixou de isca está sendo arrastado por um peixe que foi, durante muito tempo, o seu grande sonho!
É necessário acudir esse anzol e apanhar esse peixe.
Os filhos precisam de roupa, a mulher precisa de um par de sandálias e, ele mesmo, precisa de um chapéu.
Autor: Samuel Barbosa
(Extraído do livro “Respingando – Crônicas e Memórias”, 1ª Edição – Rev. Samuel Barbosa)