Quando é preciso esquecer

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... Esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que estão diante mim, prossigo em direção ao alvo..." 

Esta foi a porção que mais me chamou a atenção em meu desjejum espiritual esta manhã. São palavras de Paulo, apóstolo. Nesse pensamento o grande apóstolo nos ensina como fazer bom uso da memória.

Uma definição comum de Memória e a que diz que memória é a função da consciência pela qual esta conserva, reproduz, reconhece e localiza os estados psíquicos passados.

O apóstolo diz que se esquece das coisas que ficam para trás, que pertencem ao passado, como não poderia deixar de ser, pois ninguém se esquece do que ainda não aconteceu. 

O apóstolo se refere às coisas do passado que não aconteceram com muita intensidade ou à que o apóstolo não dera muita atenção, pois essas duas leis - intensidade e atenção - são muito importantes na fixação das experiências na nossa memória.

Paulo subordina tudo que para ele possa ter representado algum valor, a uma realidade muito mais importante.



Ele diz que prossegue em direção ao alvo que se propôs atingir. Nisto tem razão o apóstolo. Ele colocou como alvo superior em sua vida a realização da soberana vontade de Deus e a dedicação de sua vida a essa vontade superior.

Ele já tinha alcançado muitas conquistas importantes, era membro do sinédrio, sábio discípulo de Gamaliel, cidadão romano de nascimento. 

Diferente daquelas que conseguiram essa honraria com grande soma de dinheiro. Apesar de tudo isso, foi perseguidor dos cristãos, permitiu. O linchamento de Estevão, primeiro mártir do cristianismo, diácono da Igreja primitiva. Desejou acabar com a simples memória do nome de Jesus.

Com cartas das principais autoridades religiosas, vai a Damasco para prender e maltratar os cristãos que lá encontrasse. Contudo nessa viagem tem um encontro pessoal com Jesus Cristo e se converte. De perseguidor se transforma em perseguido.

Começa então a avaliar a sua vida passada em comparação com a felicidade que experimenta agora como servo de Jesus Cristo. Estabelece então como alvo de sua vida, a realização da vontade soberana de Deus. 

Propõe-se a se consagrar à obra de evangelização, de salvação dos pecadores, levando-lhes a mensagem do evangelho. Identifica-se de tal modo com o seu Cristo que chega a afirmar que já não era ele quem vivia, mas Cristo é que vivia nele. Chegou a afirmar que o cristão tem a mente de Cristo!

Pois bem, esse mesmo regenerado, convertido é que diz que se esquece das coisas que ficam para trás e prossegue em direção ao alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.

Ele sabe fazer bom uso da memória. Esquece-se do que deve e pode ser esquecido, mas não se esquece do alvo principal a que se propôs atingir.

Nós também precisamos aprender a fazer bom uso da memória. Há muita coisa que deve e pode ser esquecida, mas há outras que devem estar constantemente em nossa lembrança.

Semeando Vida

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