Hino 118 - Esperando em Deus

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1. Qual suspira a corça inquieta
Pelas águas a bramir,
Tua divinal presença
Quer minha alma, ó Deus, sentir.
Sede intensa me angustia!
Quando, ó Deus, virá o dia
De contínuo me alegrar
Por teu rosto contemplar?

2. Pranteando, amargamente,
Vou vivendo os dias meus,
Pois os ímpios me atormentam
Perguntando por meu Deus.
Choro então os velhos dias,
Quando, em santas alegrias,
Proclamava o teu louvor
Junto a ti, ó meu Senhor.

3. Em rajadas tormentosas
Teu juízo me alcançou!
E minha alma, bem ferida,
Penitente se humilhou.
Tu, então, meus pés guiando,
Com ternura me amparando,
Alto abrigo me vens dar
E na Rocha me firmar!

4. Por que tremes, ó minha alma,
E te abates dentro em mim?
Para longe os teus receios!
Deus ao teu penar põe fim!
Ele as ondas más quebranta,
Nos seus braços te levanta.
Ó minha alma, sem temor,
Canta a Deus o teu louvor.


Informações Letra: Salmo 42
Métrica: Manoel da Silveira Porto Filho, 1941
Música: Loys Bourgeois (c. 1510 - c. 1561) - saltério de genebra
Harmonia: Joahnn Sebastian Bach, 1732 - cantata 39

Palavras-chave: presença divina - esperança - consolo - confiança em Deus.

Ênfase do hino: O hino fala sobre a busca da presença divina em meio às aflições da vida, ressaltando a importância da esperança, do consolo e da confiança em Deus.

Teologia do hino: O hino reflete a teologia da presença divina, que é a ideia de que Deus está sempre presente em nossas vidas, mesmo quando enfrentamos momentos difíceis e dolorosos. Além disso, o hino enfatiza a importância da esperança e da confiança em Deus como elementos essenciais para superar as dificuldades da vida.

Textos bíblicos: O hino faz referência a diversos textos bíblicos, como Salmos 42:1 ("Assim como a corça anseia por águas correntes, a minha alma anseia por ti, ó Deus"), Salmos 43:5 ("Por que você está assim tão triste, ó minha alma? Por que está assim tão perturbada dentro de mim? Ponha a sua esperança em Deus! Pois ainda o louvarei; ele é o meu Salvador e o meu Deus") e Salmos 46:1 ("Deus é o nosso refúgio e a nossa fortaleza, auxílio sempre presente na adversidade").

Metáforas e simbologia: O hino utiliza a metáfora da corça que suspira pela água para representar a busca da alma por Deus em meio às dificuldades da vida. Também faz uso da imagem do mar revolto para representar as adversidades que enfrentamos, sendo Deus a Rocha que nos sustenta e nos protege.

Aplicação prática: O hino nos encoraja a buscar a presença de Deus em meio às nossas aflições e a depositar nele nossa esperança e confiança. Ele nos lembra que, apesar das adversidades, Deus está sempre presente em nossas vidas e é capaz de nos consolar e nos fortalecer.

Quando cantar: Este hino é apropriado em momentos de tristeza, incerteza e dor, quando buscamos consolo e esperança na presença divina. Pode ser utilizado em cultos de adoração, em momentos de oração pessoal ou em situações de luto e sofrimento.
 
História
A melodia de Bourgeois composta para o Saltério de Genebra em 1551 recebe, dois séculos depois, nova roupagem harmônica para a inclusão na Cantata n° 39 de Johann Sebastian Bach. 

Músico luterano representante do período mais fértil de consolidação das formas barrocas, J. S. Bach dedicou grande parte de sua obra à Igreja, fornecendo um repertório imenso de música instrumental e vocal, para uso de coros e congregação, explorando as formas Oratório, Paixão, Missa, Moteto, Prelúdio Coral, Ária religiosa e, em especial, a Cantata.

Esta forma musical inclui solos, coros polifônicos, instrumentos diversos e também a participação da congregação nos corais (hinos congregacionais conhecidos) em geral no fim da obra. 

As Cantatas têm destinação litúrgica para os diversos domingos e festas especiais do calendário eclesiástico. 

A Cantata n° 39 "Tragam para os famintos o seu pão" foi escrita para o primeiro domingo após a Trindade, em 1732, e utiliza textos de Isaías 58.7-8, Hebreus 13.16 e outros. 

O título da Cantata tem a ver com a situação de milhares de protestantes de Salzburgo que, por perseguição do arcebispo local, tiveram que se refugiar em locais onde as Igrejas Reformadas pudessem recebê-los. 

J. S. Bach ficou impressionado com a situação de penúria desses exilados, expressando na Cantata toda a sua emoção e solidariedade.

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