A chocante resposta de um padre a um homem à beira da morte - Ilustração para Pregação sobre Salvação

Meu tio chegava à casa paroquial quando a noite se aproximava. As nuvens negras adensavam os céus... Depois de haver esperado o padre por um certo tempo, aguardando-o à porta, apareceu ele finalmente à janela.

Aflito, o mensageiro falou-lhe que vinha às pressas, já que o Sr. Francisco Leonel, seu pai, religioso deveras sincero, estava vivendo os últimos momentos e que precisava muito do consolo da religião, antes de morrer.

O diálogo foi muito superficial: "Meu pai está agonizando e vim buscar o Sr., padre, tendo ele sido rezador de terços, festeiro, devoto sincero da nossa religião católica". Interrompeu-lhe o padre:

"Então nem precisa de padre. O tempo promete chuva e não vou me arriscar. Volte e reze junto dele um Padre Nosso e uma Ave Maria. É o que basta".

Meu tio fez meia volta e retornou sem o padre e com muita tristeza no coração.

Minha mãe, que ouvia a leitura da Bíblia de João Floriano em poder de meu pai, aproximou-se do seu velho pai e lhe disse: "Pai, o padre não veio, mas Deus está conosco! Firme a sua mente na salvação de Jesus".

Ele, com doce expressão facial, entregou o espírito ao seu Criador.

Logo após sua morte, tomamos o Novo Testamento que lhe entregamos meses antes, trazido de Sengés.

Ele fumava, mas o Novo Testamento estava todo marcado nos textos mais expressivos, com palhas de cigarro - tiras de palha de milho com que enrolava os seus cigarros.

"Teria se convertido? Só Deus sabe! Suas últimas atitudes eram de um crente.

Autor: Lázaro Arruda

(Extraído do livro “Os meus dias” – Rev. Lázaro Lopes de Arruda, 1997.)

Semeando Vida

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