Estamos numa época em que as mães estão vivendo nos limites do desespero, da tensão e estresse devido problemas sérios com os filhos.
Poderíamos nomear as mortes de adolescentes na Febem, no ano de 2009, ou ir mais longe e ver mães que estão sofrendo dolorosamente com os problemas da guerra nos países do Oriente Médio, África, Brasil e outros lugares.
Jovens adolescentes homicidas nos Estados Unidos e tantas outras coisas envolvendo filhos. Poderemos nós, hoje, avaliar o sofrimento acarretado nessas mulheres que sonharam o melhor para os seus filhos e se vêm em meio a uma situação estarrecedora?
O que entendemos nós por mães que vivem nos limites da anormalidade?
1. Mães Bíblicas que Viveram nos Limites da Anormalidade
Poderíamos ilustrar algumas mães, nas Sagradas Escrituras que passaram por sofrimentos terríveis relacionados a seus filhos.
a) Eva: A dor da mãe de um filho fratricida
A primeira delas foi Eva. Teve ela que passar por situações dolorosas. A primeira foi a da acusação de seu marido, no Éden, dizendo que era a causadora de tudo, pois ela o induziu a comer do fruto proibido.
Depois de terem sido expulsos do Jardim do Éden teve ela dois filhos, Caim e Abel. Podemos imaginar como ela os amou. O carinho que ela dedicou a cada um deles. No entanto, Caim, o mais velho, mata o seu irmão Abel. Eva é mãe do primeiro fratricida da história da humanidade que se torna símbolo de toda rebelião.
b) Hagar: A dor da mãe de um filho expulso e preconceituado
Hagar era uma egípcia, serva de Sarai esposa de Abraão. Esta, por ser estéril e não poder gerar filhos entrega a escrava para que através dela sejam gerados filhos do esposo.
No entanto, nasce Isaque, o filho da promessa, e diante disso Abraão se vê obrigado a expulsar Hagar e o filho Ismael. No deserto da Judéia, abaixo de Berseba, sem pão para comer e com o odre sem água, Ismael, ainda uma criança, começa a desfalecer.
Sua mãe coloca o menino debaixo de um arbusto para não o ver morrer. No entanto, Deus envia um mensageiro que os salva e promete abençoar o rapaz como foi o caso.
c) Joquebede: A dor da mãe que é obrigada a matar o próprio filho
Esta é a mãe de Moisés. Os hebreus estavam no Egito e por se proliferarem muito o Faraó com medo da situação se inverter, decreta que todos os meninos deveriam ser mortos, preservando apenas as meninas a fim de serem assimiladas pelos egípcios e com isso dizimando o povo hebreu. Joquebede dá à luz um belo menino e o esconde por três meses.
Enquanto isso teceu um cesto de junco e pôs o menino dentro e o colocou no rio Nilo. A filha do Faraó que se banhava no rio pegou o cesto com a criança adotando-a como seu filho.
Moisés cresceu aprendendo toda a sabedoria e ciência dos egípcios. Foi ele, mais tarde, o libertador do povo de Israel uma vez que a sua mãe manteve a sua fé enquanto o amamentava.
d) Maria: A dor da mãe que vê o filho ser morto inocentemente
Nas páginas do Novo Testamento nos defrontamos com Maria, a Mãe do Senhor Jesus. Imaginamos os sofrimentos pelos quais ela passou como mãe.
Primeiramente, o momentâneo abandono de José que não entendeu a gravidez da noiva até que o anjo lhe informasse. Depois, o fato de o filho ter que nascer entre os animais num lugar fétido. Depois, ter que fugir para o Egito a fim de preservar a vida do filho.
Depois o de vê-Lo passar pelas críticas, humilhações e perseguições cruéis durante seu ministério, e, finalmente, estar aos pés da Cruz do Filho agonizante.
2. Como puderam essas mães viver nos limites da anormalidade?
a) Por terem a paz de Cristo como o árbitro do coração
“Seja a paz de Cristo o árbitro em vosso coração,...” (Cl 3.15). A paz de Cristo é a fonte inesgotável de toda a bênção em meio às tribulações e tempestades da vida. Ele disse que deixaria a sua Paz, não a paz concedida pelo mundo.
b) Por serem habitadas pela Palavra de Deus
“Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo;...” (Cl 3.16). A Palavra de Deus é lâmpada para os nossos pés, como diz o salmista (Sl 119.105). Os ensinamentos que tiramos, do Senhor Jesus Cristo, nas Escrituras Sagradas do Novo Testamento se constituem em elementos de sabedoria, conforto e orientação para a nossa vida aqui na terra.
3. Elementos de auxílio nos limites da anormalidade
Paulo dá os seguintes Elementos de Auxílio.
a) O Amor dos Esposos
O Primeiro Elemento de Auxílio vem dos esposos: “Maridos, amai vossa esposa e não a trateis com amargura” (Cl 3.19). A palavra amor aqui é “agape” que em grego expressa amor sacrificial. O esposo deve ter esse tipo de amor sacrificial, de entrega para com a sua esposa.
b) O Respeito e a Obediência dos filhos
O Segundo Elemento de Auxílio vem dos filhos: ”Filhos, em tudo obedecei a vossos pais; pois fazê-lo é grato diante do Senhor” (Cl 3.20). O respeito e a obediência são as diretrizes, dadas por Deus, para o filho cristão.
c) Auto-Estima
O Terceiro Elemento de Auxílio vem da própria mãe. “E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai.” Significa que a mãe não deve ter baixa estima do papel que desempenha uma vez que ela o faz em nome do Senhor.
Conclusão
Neste Dia das Mães desejamos as ricas bênçãos sobre todas. E sobre aquelas que vivem dentro dos limites da anormalidade, ou seja, do desespero, da dor e do sofrimento, possa o Espírito Santo fortalecê-las.
Autor: Antonio Coine