1. Ouço meu Senhor dizer: "Tuas forças débeis são, Nada podes merecer; Eu te dou a salvação."
A ti, Senhor Jesus,
Venho como estou; Pois, sem nada merecer, Teu sangue me salvou.
2. Sim, eu venho a ti, Senhor, Tua graça receber; Infinito é teu amor, Sem limite o teu poder.
3. Pela fé em ti, Jesus, Recebi perdão e paz; Tua graça lá na cruz A minha alma satisfaz.
4. Quando estou em aflições, Tu és meu Consolador; Quando exposto às tentações, Meu auxílio e protetor.
5. Lá na glória cantarei Tua eterna salvação; Junto ao trono renderei Meu louvor e gratidão.
Informações
Letra: Elvina Mabel Hall, 1865
Tradução: James Theodore Houston, 1881
Música: Jhon Thomas Grape, 1833 - 1906
História
Já nos referimos ao Rev. James Theodoro Houston no hino n° 35. Em destaque à sua participação no hinário do Rev. Boyle, o "Hymnos e Cânticos Sagrados", contamos vinte e quatro hinos. O hinário citado foi publicado no Rio de Janeiro em 1888 e divulgou este hino de Elvina M. Hall que já tinha sido traduzido em 1881 pelo Rev. Houston.
O Rev. Boyle foi um dos primeiros pastores a se preocupar com nossa hinologia e respeitava muito a opinião de Houston. Deixou-nos este depoimento registrado no prefácio de seu hinário e transcrito por Themudo Lessa:
Mandei o manuscrito deste livro ao Rev. Sr. Houston, pedindo-lhe que o criticasse, o que fez. Examinou minuciosamente, linha por linha, palavra por palavra. Deu-me sua opinião sobre o arranjo dos assuntos, sobre hinos e versos que julgava dever eliminar; criticou algumas modificações que fiz e recomendou outras melhores: recomendou também outras modificações que eu não tinha feito: e notou erros na versificação, na gramática e na doutrina. As suas recomendações e críticas foram de proveito incalculável. (Lessa, Vicente Themudo "Annaes da 1ª Egreja Presbyteriana de S. Paulo" (1863 - 1903), edição da 1ª Egreja Presbyteriana Independente de São Paulo, 1938, p. 123).
Em 1883 o Rev. Houston casou-se em segundas núpcias com uma missionária em Rio Claro, Miss Sophia Dale, cunhada do Rev. Roberto Lenington.
Voltou alguns anos depois aos Estados Unidos, novamente ao Brasil e definitivamente, em 1902, retornou à sua pátria onde faleceu aos oitenta e dois anos. No ano seguinte à sua morte, Sophia Houston também foi chamada pelo Senhor.