Era o dia 29 de novembro de 1952. Acontecia. Era a ocasião da minha formatura na Faculdade Teológica da Igreja Presbiteriana do Brasil, depois denominada Seminário Presbiteriano do Sul.
Popularmente, era o nosso inesquecível "Seminário de Campinas", famosa e tradicional "casa de profetas".
Formava-se uma nova turma de 15 formandos. Lembro-me, ainda, de um "pequeno grande" detalhe, pela sua significação, que registro sem falsa modéstia: foi algo inesperado para mim, porque nunca passei de um mediano estudante.
Ao me entregar o diploma, o nosso ilustrado paraninfo, o mestre Kerr, abraçou-me, comovido, sussurrando-me ao ouvido estas palavras:
-"O senhor me causou profunda impressão. Deus abençoe o seu ministério!"
Foi para mim, se posso dizer, agarrar com as duas mãos trêmulas a "capa de Elias".
E da maneira como tenho sido abençoado neste ministério agradável e sofrido, ao longo de 44 anos, confirmam-se aqueles votos pronunciados e recebidos pelo impulso do coração.
Autor: Lázaro Arruda
(Extraído do livro “Os meus dias” – Rev. Lázaro Lopes de Arruda, 1997.)