Os dois, pai e filho, chegaram maneirosos, pedindo um auxilio para comprar uma passagem de ônibus para Curitiba.
Olharam um canteiro que há na frente da casa e se ofereceram para limpar o canteiro.
Achei que seria uma boa ideia limpar o canteiro, de umas ervas daninhas que estavam prejudicando as plantas.
Aceitei o oferecimento do serviço e disse que poderiam começar a arrancar as plantas daninhas do canteiro. Embora o canteiro fosse pequeno, o trabalho seria demorado.
Os dois olharam o canteiro outra vez, calcularam o tempo que levariam para fazer o serviço; então o pai perguntou ao filho:
- Fio, ocê troxe a tisora?
- Não, pai, esqueci a mala lá na rodoviária.
Aí o pai disse que ia buscar a tesoura. O filho resolveu ir também. Até hoje ainda não voltaram, e olhem, isso já faz uns dois anos.
Autor: Samuel Barbosa
(Extraído do livro “Respingando – Crônicas e Memórias”, 1ª Edição – Rev. Samuel Barbosa)