Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos


O mundo mudou. O comportamento das pessoas também. Elas estão sempre com pressa ou preocupadas com algo. O contato pessoal e o relacionamento são frios e distantes.

Ao me deparar com esta realidade lembro de algo da minha infância, quando minha família e eu nos dirigíamos para a igreja e encontrávamos com algum conhecido, minha mãe sempre ficava pelo menos alguns minutos conversando com estas pessoas.

Hoje a história é diferente. Quando nos encontramos com alguém, devido à pressa, o máximo que fazemos é falar “oi, tudo bem?”. Com isso, perdemos de vivenciar a verdadeira comunhão bíblica.

Afinal, por que devemos ter e preservar esta comunhão?

1 - A COMUNHÃO ENTRE OS IRMÃOS É BOA


Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos! (Salmos 133.1)


A comunhão produz algo que é muito repetido em um provérbio popular: “a união faz a força”; ou seja, quando nós nos unimos somos muito mais fortes.

Certa vez assisti uma apresentação teatral em uma igreja. A peça contava a história de um sujeito que se sentava em frente a um piano. Estralou os dedos e começou a tocar uma música bonita, mas de complexa execução. 

Depois dele tocá-la, aparece outro pianista que faz gestos demonstrando que sabia muito mais que ele. Então ele concede a oportunidade para que este outro pianista toque. 

Este segundo pianista tocou uma música mais bonita do que a do primeiro. Por causa disso o que havia tocado primeiro pediu licença para tocar outra música, e tocou uma música ainda mais difícil e bonita do que a do segundo.

Esta cena se repete ainda algumas vezes até que eles dois resolvem fazer algo diferente, tocar juntos. Juntos perceberam que tocavam ainda melhor, pois combinavam as suas qualidades, uniam as suas forças.

Isso ilustra bem o que um filósofo disse: dois pensamentos transformam-se em um terceiro que vai conter o melhor dos dois anteriores. 

Por isso é bom que haja comunhão entre os irmãos e não competições e divisões. 

O apóstolo Paulo nos diz algo a esse respeito em 1Co 12. 12 - 22 quando fala da igreja como Corpo de Cristo. Assim como toda parte do nosso corpo é necessária para desempenhar qualquer função, assim também todos os irmãos são necessários à Igreja, que é o corpo de Cristo e Cristo.

Os membros devem interagir entre si, devem estar unidos afim de cumprir o seu papel, o qual Deus determinou.

O bom da união está também no fato de podermos utilizar o melhor de cada um de nós para a glória de Deus, para expansão do seu reino e para a nossa edificação. 



2 - A COMUNHÃO ENTRE OS IRMÃOS É AGRADÁVEL


Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos! É como o óleo precioso sobre a cabeça, o qual desce para a barba, a barba de Arão, e desce para a gola de suas vestes.(Salmos 133.1,2)


Ungir a cabeça bem como o corpo com óleo ou unguento era uma prática comum àqueles que viviam no clima quente da Palestina, tornando-se até uma necessidade para a saúde, conforto e bom aspecto pessoal. 

O óleo também era utilizado pelo hospedeiro para ungir a cabeça do hóspede como prova de consideração.

Estes são outros motivos pelos quais nós devemos buscar uma maior união, uma maior comunhão com os irmãos: porque promove conforto, alegria que muda até a expressão dos nossos rostos e porque é prova da nossa consideração para com os irmãos.

3 - A COMUNHÃO ENTRE OS IRMÃOS É NECESSÁRIA


É como o orvalho do Hermom, que desce sobre os montes de Sião. Ali, ordena o SENHOR a sua bênção e a vida para sempre - Salmos 133:3


O ser humano foi criado como um ser social (Gênesis 2.18). Pessoas que passam muito tempo isoladas ficam doentes ou enlouquecem. 

Essa necessidade de contato está na figura do orvalho usada no texto bíblico. Davi quis demonstrar que esta agradável sensação promovida pela comunhão é necessária, extremamente necessária.

Assim como a unção com óleo era necessária devido ao clima quente, o orvalho também era necessário pelo fato de dificilmente chover nestes locais quentes. 

Estejamos cientes desta necessidade e seu valor da comunhão!


CONCLUSÃO
Dois pacientes compartilhavam do mesmo quarto num hospital. Um ficava bem próximo a janela e o outro na outra extremidade do quarto. 

Todos os dias o que ficava perto da janela descrevia o que se passava fora do hospital: os passarinhos, os casais de namorados no jardim, tudo isso com descrições ricas em detalhes. O outro ao ouvir, ficava mais feliz, apesar do sofrimento que passava causado pela doença. 

Um dia este senhor que descrevia o lado de fora do hospital morreu, sereno, sem dores, parecia até estar dormindo. Depois de alguns dias o outro senhor pediu para a enfermeira o colocar próximo a janela. 

Depois de muito esforço ele conseguiu olhar para o que havia fora da janela e ficou surpreso ao se deparar com um muro branco. 

Então começou a pensar: que interesse havia para aquele senhor ter descrito tantas coisas que ele não poderia ver? 

Quando a enfermeira foi verificar se estava tudo bem, ele a fez esta pergunta. Ela respondeu que mesmo que houvesse este jardim ele não poderia descrevê-lo pois era cego.

A moral da história é que quando nós dividimos sofrimentos temos metade do sofrimento. Mas quando dividimos alegrias, quando procuramos fazer os outros felizes, nossa alegria é dobrada. 

É certo que devemos levar as cargas um dos outros mas também devemos dividir nossas alegrias. Isso foi o que aquele senhor fez.

Que Deus nos ajude a sermos unidos e usufruirmos dos benefícios dessa “união fraterna”.

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