A suspeita

Como o Pai me amou, assim eu os amei; permaneçam no meu amor (Jo 15.9). 

Conta-se a história de um homem que, ao acordar, reparou que seu machado desaparecera. Furioso, acreditando que seu vizinho o tivesse roubado, passou o resto do dia observando-o.

Viu que tinha jeito de ladrão, andava furtivamente como ladrão, sussurrava como um ladrão que deseja esconder seu roubo. 

Estava tão certo de sua suspeita, que resolveu entrar em casa, trocar de roupa, e ir até a delegacia dar queixa. Assim que entrou, porém, encontrou o machado – que sua mulher havia colocado em outro lugar.

O homem tornou a sair, examinou de novo o vizinho, e viu que ele andava, falava e se comportava como qualquer pessoa honesta. 

Quero aplicar esta história ao sentimento de mágoa e amargura que às vezes toma conta de nós. Quando estamos magoados com alguém, passamos a imaginar coisas terríveis sobre aquela pessoa. 

Ficamos desconfiados achando que ela está tramando o mal contra nós. Até suas boas ações são vistas por nós como uma forma de perseguição. Na maioria das vezes ampliamos o problema por causa da nossa dor. 



Devemos lutar contra esse sentimento, que só fará mal a nós mesmos. No lugar da desconfiança, da vingança, devemos colocar o amor. O amor que tudo sofre, crê e espera o melhor das pessoas. 

Deus nos amou quando éramos ainda pecadores. E ele nos diz: permanecei no meu amor. É uma grande verdade a letra do hino que diz: “Com suspeitas não se alcança vero amor. Onde houver desconfiança, ai do amor!” 

Quando o amor é trocado por desconfiança, Deus se entristece, pois Ele deseja que sejamos bons e atenciosos uns para com os outros. Ele quer que o perdão seja praticado mutuamente. E assim como Deus nos perdoou devemos perdoar nosso próximo. 

Vamos fugir dos maus pensamentos que levam aos insultos, gritaria, calúnia e maldade. Que haja paz em nossos relacionamentos. E no lugar da tristeza que a irritação produz, tenhamos a alegria concedida pelo amor. 

Filhos de Deus são filhos da paz. 

Semeando Vida

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