Páscoa


Mais uma vez comemoramos a páscoa cristã. O significado para o mundo cristão é a passagem de uma vida sem Deus para uma vida com Deus através da aceitação de Jesus Cristo como Salvador. Jesus disse a Nicodemos que é necessário ao homem nascer de novo se quiser ver o reino de Deus.


Se a páscoa para os judeus representava a libertação do povo hebreu do cativeiro no Egito, se mais tarde significou também a passagem pelo mar vermelho, hoje ela significa muito mais do que libertação física.

Ela representa para o cristão a libertação espiritual em Jesus Cristo. Ela representa o novo nascimento através do qual o homem velho dá lugar ao homem novo, renascido sob a orientação do evangelho. 

O cristão deve viver em novidade de vida, as coisas velhas são passadas e eis que tudo se faz novo, diz-nos a Bíblia. Daí concluímos que de nada adianta ao homem comemorar a Páscoa se no seu íntimo ele permanece o mesmo.

De nada adianta comemorar a páscoa com festas e até com "ovos" por mais caros que eles sejam, se lá no fundo do coração e da alma não se vislumbrar uma mudança, uma "passagem" para melhor. 

A páscoa verdadeira é aquela que se da na vida do homem convertido, na vida daquele que, como pensava o apóstolo Paulo, se faz escravo de Jesus Cristo, comprado com o sangue inocente do Eterno Filho de Deus. 

O mundo, infelizmente, está cheio de cristãos nominais, cristãos que apenas assistem ao culto ou assistem à missa, ao passo que a Igreja de Jesus Cristo quer e exige que o cristão seja participante do culto, não apenas um espectador do que os outros fazem.

Tem que haver participação consciente do cristão nos trabalhos que a Igreja realiza em nome de Jesus Cristo a fim de que o homem se mantenha mais próximo de Deus. 

A história humana se divide em duas partes distintas: antes e depois de Cristo. Essa divisão também existe na vida de cada cristão. Todos os homens convertidos têm duas etapas distintas em sua vida: antes e depois de Cristo. Ele teve a sua passagem, ou a sua páscoa. 


Conta-se que Agostinho, o santo da Igreja católica, encontrou-se com uma velha amiga que se dirigiu a ele em termos irreverentes, que apesar de normais em tempos idos, não condiziam mais com a nova fase que Agostinho estava vivendo - fase "depois de Cristo". 

Quando percebeu que ele não gostou da intimidade, ela disse: mas Agostinho sou eu, fulana. Ao que respondeu Agostinho: mas eu não sou mais o mesmo Agostinho que você conheceu. Ele havia experimentado uma mudança, uma passagem, uma páscoa em sua vida, que ela ainda não tinha experimentado. 

Estamos numa época em que todos acham que é preciso mudar. Por que não aproveitar esta Páscoa que se avizinha para uma mudança radical em nossa maneira de pensar a respeito de Cristo e do seu cristianismo? Por que não providenciar uma mudança radical em nossa maneira de ser cristão? 

Deixe de ser um cristão que confia em Cristo e passe a ser um cristão em quem Cristo também confie, pois àquele ele dirá nó dia do juízo: não vos conheço, ao passo que a este Ele dirá: "Vinde benditos de meu pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo".

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