Judas 1 explicado:
⚔️ Arcanjo Miguel disputa corpo de Moisés com o diabo.
🔥 Anjos caídos e Sodoma são exemplos do juízo divino.
Resumo de Judas 1
Uma Chamada à Fé e à Perseverança
A carta começa com Judas se apresentando humildemente, não como um apóstolo, mas como um servo de Jesus Cristo e irmão de Tiago, uma figura bem conhecida na igreja primitiva.
Ele dirige sua mensagem aos que foram chamados por Deus, que são amados pelo Pai e protegidos por Jesus Cristo, estabelecendo uma base de segurança e identidade para seus leitores (v. 1).
Judas expressa um desejo sincero de que a misericórdia, a paz e o amor de Deus se multipliquem na vida deles, uma saudação que vai além das formalidades, buscando um profundo bem-estar espiritual para a comunidade (v. 2).
Alerta Urgente: A Batalha pela Fé Verdadeira
Ele revela que sua intenção original era escrever uma carta sobre a salvação que todos compartilhavam, um tema de alegria e unidade.
No entanto, uma situação urgente o forçou a mudar de assunto, sentindo-se obrigado a escrever uma exortação fervorosa (v. 3).
O novo propósito de sua carta é encorajar os crentes a lutarem com todas as suas forças pela fé que foi confiada aos seguidores de Cristo de uma vez por todas, indicando que o corpo de doutrina cristã é completo e imutável.
A razão para essa urgência é a infiltração de certos indivíduos na comunidade cristã, que entraram de forma dissimulada, sem revelar suas verdadeiras intenções.
Essas pessoas, descritas como ímpias, já estavam destinadas ao juízo divino por suas ações e ensinamentos perigosos (v. 4).
O principal erro desses falsos mestres era transformar a maravilhosa graça de Deus em uma desculpa para a imoralidade, sugerindo que a liberdade em Cristo permitia uma vida de pecado sem consequências.
Além disso, eles negavam a autoridade suprema de Jesus Cristo, nosso único Soberano e Senhor, minando o próprio fundamento da fé.
Lições do Passado: O Juízo Divino Contra a Rebelião
Para reforçar seu aviso, Judas lembra seus leitores de três exemplos históricos do julgamento de Deus contra a desobediência, mesmo que eles já conhecessem essas histórias.
Primeiro, ele menciona como o Senhor, depois de libertar o povo de Israel do Egito, destruiu aqueles que, apesar do milagre da libertação, não creram Nele, mostrando que a salvação inicial não isenta ninguém da responsabilidade de perseverar na fé (v. 5).
O segundo exemplo é o dos anjos que não se contentaram com sua posição de autoridade designada por Deus, mas abandonaram seu devido lugar, e como resultado, foram presos em trevas e algemas eternas, aguardando o julgamento final (v. 6).
O terceiro exemplo é o das cidades de Sodoma e Gomorra, que, assim como os anjos caídos, se entregaram à imoralidade sexual e a desejos antinaturais, servindo como um exemplo claro do castigo do fogo eterno (v. 7).
Retrato dos Infiltrados: Arrogância e Corrupção
Judas então conecta esses exemplos históricos diretamente aos falsos mestres em seu meio, afirmando que eles agem da mesma maneira rebelde.
Ele os descreve como sonhadores guiados por suas próprias fantasias, que contaminam seus corpos com impurezas, rejeitam a autoridade divina e insultam seres celestiais gloriosos (v. 8).
Para ilustrar a arrogância chocante desses homens, Judas contrasta sua atitude com a do arcanjo Miguel, que, em uma disputa com o diabo sobre o corpo de Moisés, não se atreveu a proferir um julgamento insultuoso, mas simplesmente disse: "O Senhor o repreenda!", demonstrando respeito pela ordem espiritual estabelecida (v. 9).
Esses falsos mestres, no entanto, difamam tudo o que não compreendem e se corrompem naquilo que conhecem apenas por instinto, agindo como animais irracionais (v. 10).
Judas pronuncia um "ai" sobre eles, comparando-os a três figuras infames do Antigo Testamento: seguiram o caminho de Caim (ódio e violência), correram para o erro de Balaão (ganância) e foram destruídos na rebelião de Corá (desafio à autoridade de Deus) (v. 11).
Ele os descreve com metáforas vívidas, chamando-os de rochas submersas perigosas em suas refeições comunitárias, pastores egoístas que cuidam apenas de si mesmos, nuvens sem água que não oferecem alívio, e árvores infrutíferas, duplamente mortas e arrancadas pela raiz (v. 12).
Eles são como ondas furiosas do mar, que só produzem a espuma de sua própria vergonha, e estrelas sem rumo, destinadas à mais profunda e eterna escuridão (v. 13).
Profecia de Enoque: O Julgamento Final dos Ímpios
Judas cita uma antiga profecia de Enoque, o sétimo descendente de Adão, que previu a vinda do Senhor com milhares de seus santos para julgar a humanidade (vv. 14-15).
Esse julgamento, segundo a profecia, condenará todos os ímpios por suas ações perversas e pelas palavras arrogantes que proferiram contra Deus.
Ele resume o caráter desses homens como murmuradores e descontentes, que vivem de acordo com suas paixões pecaminosas, usam palavras arrogantes e bajulam os outros apenas para obter vantagens pessoais (v. 16).
Instruções aos Amados: Como Permanecer Firme na Fé
Judas então se volta diretamente para os crentes, chamando-os de "amados" e os incentivando a se lembrarem das advertências feitas anteriormente pelos apóstolos de Jesus (v. 17).
Os apóstolos já haviam previsto que, nos últimos tempos, surgiriam zombadores que seguiriam seus próprios desejos ímpios (v. 18).
Ele identifica os falsos mestres como sendo exatamente essas pessoas: aquelas que causam divisões, são guiadas por instintos naturais e não possuem o Espírito de Deus (v. 19).
Em contraste, Judas instrui os crentes a se edificarem sobre o alicerce de sua santíssima fé, a orarem no poder do Espírito Santo (v. 20).
Eles devem se manter firmes no amor de Deus, enquanto aguardam confiantemente a misericórdia de Jesus Cristo que os conduzirá à vida eterna (v. 21).
Ele também os orienta sobre como tratar aqueles que foram influenciados por esses falsos ensinos, aconselhando misericórdia para com os que duvidam (v. 22).
Aos outros, devem agir com urgência para salvá-los, como se os estivessem arrancando do fogo, mas sempre com um temor saudável, odiando até mesmo a "roupa" contaminada pelo pecado, para não serem eles mesmos corrompidos (v. 23).
Doxologia Final: O Poder de Deus para nos Guardar
A carta termina com uma das mais belas doxologias da Bíblia, um louvor dirigido Àquele que é poderoso para impedir que os crentes tropecem e para apresentá-los sem culpa e com grande alegria diante de Sua glória (v. 24).
Toda a glória, majestade, poder e autoridade pertencem ao único Deus, nosso Salvador, por meio de Jesus Cristo, nosso Senhor, desde antes de todos os tempos, agora e para todo o sempre (v. 25).
Contexto histórico-cultural
Judas: Um Nome, um Vínculo e uma Escolha de Humildade
O nome do autor é, literalmente, "Judas", um nome comum na época. Ele se apresenta como "irmão de Tiago", o conhecido líder da igreja de Jerusalém, e não como "irmão de Jesus".
Essa escolha revela uma profunda humildade e um princípio cultural e teológico: o vínculo espiritual com Cristo como "servo" era mais valioso do que o parentesco de sangue. Para Judas, o sangue da cruz que o salvou tinha mais peso do que o sangue familiar que o conectava a Jesus.
Lutando pela Fé: Uma Imagem do Mundo Atlético
A expressão "batalhar, diligentemente, pela fé" vem do termo grego epagonizesthai, uma palavra extraída do mundo dos atletas, especialmente da luta livre. A imagem evoca um esforço intenso, quase agonizante, para defender a verdade, e não um simples debate casual.
O termo "a fé" não se refere a uma crença individual e subjetiva, mas ao corpo de doutrinas e verdades essenciais do evangelho que foi "entregue aos santos" de uma vez por todas pelos apóstolos.
Este conceito era um forte contraponto a qualquer ideia de se criar uma fé pessoal e customizada, uma prática que já se infiltrava na igreja primitiva.
Infiltrados: A Tática dos Falsos Mestres
A descrição de que "certos homens se introduziram com dissimulação" usa um verbo grego que significa "esgueirar-se secretamente, como por uma porta lateral".
Eles não chegavam anunciando suas heresias, mas provavelmente se apresentavam como mais espirituais e conhecedores do que os líderes estabelecidos.
A acusação de "transformar a graça de nosso Deus em libertinagem" refere-se a uma heresia conhecida como antinomianismo. Na prática, eles ensinavam que, por causa da graça abundante, a lei moral não se aplicava mais, usando o perdão de Deus como uma desculpa para a imoralidade, especialmente a de natureza sexual.
Anjos Caídos e a Literatura Judaica
A menção a "anjos que não guardaram seu estado original" é uma clara alusão a uma interpretação de Gênesis 6, muito popular na literatura judaica intertestamentária. Nessa tradição, encontrada em livros como o Livro de Enoque, os "filhos de Deus" eram anjos que abandonaram sua morada celestial para se relacionarem sexualmente com mulheres humanas.
Essa união profana era vista como uma violação da ordem criada por Deus, que corrompeu a humanidade e foi uma das principais causas do Dilúvio. Judas utiliza essa história, bem conhecida por seus leitores, para ilustrar a gravidade da rebelião contra a autoridade e a ordem estabelecida por Deus.
Sodoma e Gomorra: Carne Estranha e Juízo Divino
As cidades de Sodoma e Gomorra ficavam em uma planície extremamente fértil e bem irrigada, um local que Gênesis descreve como "o jardim do Senhor". O pecado de "ir após outra carne" (literalmente, "carne diferente" ou "estranha") alude a atos que violavam a ordem natural da criação de Deus.
No contexto do Novo Testamento, essa transgressão é apresentada como um símbolo da rejeição da autoridade divina e da entrega total aos desejos depravados.
A destruição dessas cidades com "fogo eterno" serviu como um exemplo visível e permanente do juízo de Deus contra a impiedade desafiadora.
A Disputa pelo Corpo de Moisés
A história da disputa entre o arcanjo Miguel e o diabo pelo corpo de Moisés não se encontra no Antigo Testamento canônico. Ela vem de um livro apócrifo judaico chamado a "Assunção de Moisés", que era amplamente conhecido na cultura do primeiro século.
Segundo essa tradição, o diabo reivindicava o corpo de Moisés, argumentando que ele era indigno por ter pecado ao assassinar um egípcio.
O ponto de Judas é que Miguel, mesmo em uma disputa justa contra o maior dos inimigos, não ousou proferir uma acusação injuriosa, demonstrando um respeito pela hierarquia que os falsos mestres desprezavam arrogantemente.
Caim, Balaão e Corá: Arquétipos da Apostasia
Judas usa três figuras do Antigo Testamento como exemplos dos caminhos dos falsos mestres.
Caim representa a religião da inveja e do orgulho, uma fé vazia baseada em obras sem submissão a Deus, que leva ao ódio contra os verdadeiramente justos.
Balaão simboliza a corrupção da fé pela ganância, um profeta que usou seus dons espirituais para obter lucro e ensinou o povo de Deus a pecar por dinheiro.
Corá personifica a rebelião contra a autoridade divinamente estabelecida, movida pela ambição e pelo descontentamento com a posição que Deus lhe deu.
Metáforas da Natureza e da Cultura Local
As "festas de fraternidade" (ou Ágapes) eram refeições comunitárias que simbolizavam a unidade e o amor na igreja primitiva.
Chamar os falsos mestres de "rochas submersas" era uma poderosa metáfora náutica, significando um perigo oculto e inesperado que causa naufrágio na fé dos outros.
A imagem de "nuvens sem água" era especialmente impactante em uma terra árida como a Palestina, simbolizando promessas grandiosas que resultam em completa decepção.
As "árvores de outono, sem frutos, duas vezes mortas" remetem ao ciclo agrícola, onde uma árvore que não produz fruto na estação certa é considerada inútil e morta.
"Estrelas errantes" refere-se a planetas ou cometas, que, ao contrário das estrelas fixas usadas para navegação, não tinham um curso previsível e eram, portanto, inúteis como guias.
A instrução de "odiar até a túnica contaminada pela carne" evoca as leis de pureza do Levítico, onde o contato com impurezas (como doenças ou morte) contaminava até as roupas da pessoa.
Tabelas Didáticas
📱 Gire o celular para ver as tabelas! 🔄
🛡️ Os Chamados vs. Os Falsos Mestres
| 💖 Os Chamados por Deus | 🐍 Os Falsos Mestres |
|---|---|
| Amados em Deus Pai e guardados em Jesus Cristo (1:1). | Ímpios, transformam a graça em libertinagem (1:4). |
| Recebem misericórdia, paz e amor multiplicados (1:2). | Negam a Jesus Cristo, nosso único Soberano e Senhor (1:4). |
| Exortados a batalhar pela fé que foi entregue aos santos (1:3). | Contaminam a carne, rejeitam governo e difamam autoridades (1:8). |
| Edificam-se na fé, oram no Espírito e guardam-se no amor de Deus (1:20-21). | Murmuradores, descontentes, arrogantes e interesseiros (1:16). |
| São compassivos e buscam salvar os que duvidam (1:22-23). | Promovem divisões, são sensuais e não têm o Espírito (1:19). |
⚖️ Exemplos Históricos de Juízo
| 📜 Exemplo de Condenação | 🔥 Motivo do Juízo Divino |
|---|---|
| Povo de Israel no deserto | Incredulidade, mesmo após serem libertados do Egito (1:5). |
| Anjos que caíram | Não guardaram seu estado original e abandonaram seu domicílio (1:6). |
| Sodoma e Gomorra | Entregaram-se à prostituição e perversão sexual ("outra carne") (1:7). |
| Caim, Balaão e Corá | Seguiram o caminho do ódio (Caim), da ganância (Balaão) e da rebelião (Corá) (1:11). |
🌪️ Metáforas dos Falsos Mestres
| Metáfora Descritiva | 🔍 O Que Significa |
|---|---|
| ⛰️ Rochas submersas | Perigos ocultos que causam naufrágio na fé dos outros (1:12). |
| ☁️ Nuvens sem água | Prometem alimento espiritual, mas são vazios e inúteis (1:12). |
| 🌳 Árvores sem frutos | Aparentam vida, mas são espiritualmente mortas e improdutivas (1:12). |
| 🌊 Ondas bravias do mar | Produzem apenas caos e expõem sua própria vergonha (1:13). |
| ✨ Estrelas errantes | Não têm um rumo fixo, guiam outros ao erro e estão destinadas às trevas (1:13). |
🙏 Ações para o Crente Fiel
| Ação Ordenada | 🎯 Propósito e Foco |
|---|---|
| ⚔️ Batalhar pela fé | Defender ativamente o verdadeiro evangelho contra as distorções (1:3). |
| 🏗️ Edificar-se na fé | Crescer e fortalecer a própria vida espiritual sobre a base correta (1:20). |
| 🕊️ Orar no Espírito Santo | Manter uma comunhão viva e dependente de Deus (1:20). |
| ❤️ Guardar-se no amor de Deus | Permanecer na esfera da obediência e do relacionamento com Deus (1:21). |
| 🤝 Ter compaixão e salvar | Agir com misericórdia para com os que duvidam e com urgência para resgatar os que estão em perigo (1:22-23). |
Temas Principais
1. A Batalha pela Fé Verdadeira
Judas sentiu a urgência de mudar o tema de sua carta, de uma celebração da salvação comum para um chamado a "batalhar pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos" (Judas 1:3). Na teologia reformada, isso reforça que a fé não é uma experiência subjetiva e mutável, mas um corpo de verdades reveladas por Deus através dos apóstolos.
Essa fé é um depósito sagrado que a Igreja deve guardar e defender contra distorções, especialmente diante de falsos mestres que se infiltram na comunidade (Judas 1:4). A defesa da fé, portanto, é uma responsabilidade contínua de cada crente.
2. A Certeza do Juízo Divino
Para alertar sobre as consequências da apostasia, Judas apresenta uma série de exemplos históricos do juízo de Deus. Ele recorda os israelitas incrédulos no deserto (Judas 1:5), os anjos que caíram (Judas 1:6) e a destruição de Sodoma e Gomorra (Judas 1:7).
Esses exemplos demonstram um princípio imutável: Deus é justo e julga consistentemente a rebelião e a impiedade, independentemente do status anterior dos rebeldes. A teologia reformada vê nesses atos a soberania de Deus em exercer sua justiça para manter sua santidade.
3. O Perigo dos Falsos Mestres
Judas descreve vividamente o caráter e os métodos dos falsos mestres que ameaçavam a igreja. Eles transformam a graça de Deus em desculpa para a imoralidade, rejeitam a autoridade e agem por instintos, não pelo Espírito (Judas 1:4, 8, 19).
São comparados a figuras rebeldes como Caim, Balaão e Corá (Judas 1:11), simbolizando inveja, ganância e rebelião contra a autoridade divina. Sua presença silenciosa ("infiltraram-se") é um alerta para a necessidade de discernimento constante na igreja.
Pontes no Novo Testamento
Conectando Judas com os Ensinos Apostólicos
1. Ligação com o Ensino Apostólico
O alerta de Judas contra os falsos mestres ecoa em todo o Novo Testamento. Paulo adverte em Atos 20:29-30 sobre "lobos ferozes" que surgiriam de dentro da própria igreja para desviar os discípulos.
Em 2 Timóteo 3:1-5, ele descreve o caráter dos homens nos últimos dias, cujas características são idênticas às dos mestres que Judas combate, mostrando uma preocupação apostólica unificada.
2. Ligação Temática
O tema da apostasia e do juízo divino conecta Judas diretamente ao livro de Hebreus. Hebreus 3-4 usa o mesmo exemplo da geração do deserto (cf. Judas 1:5) para advertir os crentes a não endurecerem seus corações e a perseverarem na fé.
3. Ligação com a Missão e a Vida da Igreja
Judas não apenas adverte, mas também instrui a igreja sobre como agir (Judas 1:22-23). O chamado para ter compaixão de alguns e salvar outros "com temor, arrebatando-os do fogo" reflete a prática pastoral de restauração vista em Gálatas 6:1 e Tiago 5:19-20.
A missão da igreja inclui tanto a proclamação da verdade quanto o resgate amoroso e urgente daqueles que se desviam dela.
Aplicação Prática
1. Desenvolvendo Discernimento Espiritual
Em um mundo com inúmeras vozes clamando por atenção, Judas nos chama a avaliar ensinamentos e líderes. Devemos examinar se suas vidas produzem o fruto do Espírito (Gálatas 5:22-23) e se seus ensinamentos estão alinhados com a "fé que uma vez por todas foi entregue". Isso exige um estudo diligente da Bíblia, não apenas um consumo passivo de conteúdo.
Como você avalia os ensinamentos que ouve?
2. Equilibrando Graça e Responsabilidade
Os falsos mestres transformaram a graça em uma licença para pecar (Judas 1:4). A aplicação moderna é viver em gratidão pela graça que nos salva (Efésios 2:8-9), mas entender que essa mesma graça nos ensina a renunciar à impiedade (Tito 2:11-12). A liberdade em Cristo não é liberdade para o pecado, mas liberdade do pecado.
Em que área você precisa alinhar sua liberdade com a santidade?
3. Agindo para Restaurar os Desviados
Judas 1:22-23 nos dá um mandato claro: não devemos ser indiferentes aos que estão em dúvida ou caindo em erro. Somos chamados a agir com uma mistura de compaixão e urgência, buscando ativamente a restauração de irmãos e irmãs.
Isso nos desafia a superar o medo do confronto e a agir por amor. Quem em seu círculo de relacionamentos precisa de sua intervenção amorosa?
Versículo-chave
"Amados, embora estivesse muito ansioso por lhes escrever acerca da salvação que compartilhamos, senti que era necessário escrever-lhes insistindo que batalhassem pela fé de uma vez por todas confiada aos santos" (Judas 1:3, NVI).
Sugestão de esboços
Esboço Temático: Batalhando pela Fé
- A Convocação para a Batalha (Judas 1:3)
- O Inimigo Identificado (Judas 1:4, 8)
- As Consequências da Derrota (Judas 1:11-13)
- As Armas para a Vitória (Judas 1:20-21)
- O General que Garante o Triunfo (Judas 1:24-25)
Esboço Expositivo: Anatomia da Apostasia e a Segurança dos Fiéis
- O Alerta e a Ameaça (Judas 1:1-4)
- Lições do Passado: O Juízo é Certo (Judas 1:5-11)
- O Retrato dos Apóstatas: Promessas Vazias (Judas 1:12-19)
- O Dever dos Fiéis: Preservação e Resgate (Judas 1:20-23)
- A Garantia Final: O Poder de Deus (Judas 1:24-25)
Esboço Criativo: Nuvens, Ondas e Estrelas: Um Guia para Navegar na Fé
- Cuidado com as Nuvens sem Água: A Decepção da Falsa Espiritualidade (Judas 1:12)
- Cuidado com as Ondas Bravias: O Caos da Rebelião (Judas 1:13a)
- Cuidado com as Estrelas Errantes: O Perigo dos Falsos Guias (Judas 1:13b)
- Refúgio na Rocha Eterna: A Segurança em Deus (Judas 1:24-25)
Perguntas
- Como o autor se identifica em relação a Jesus Cristo e a Tiago? (1.1)
- Quais são os três atributos dos destinatários da carta, descrevendo sua relação com a Trindade? (1.1)
- Quais três bênçãos o autor deseja que sejam multiplicadas sobre os leitores? (1.2)
- Qual era o tema original que o autor pretendia abordar em sua carta? (1.3)
- Qual foi o motivo que o levou a mudar o propósito da sua escrita, sentindo-se obrigado a exortar os crentes? (1.3)
- Pelo que, especificamente, os amados deveriam batalhar diligentemente? (1.3)
- Como o texto descreve a maneira pela qual a fé foi estabelecida para os santos? (1.3)
- Qual foi a principal razão para a necessidade de batalhar pela fé? (1.4)
- Como é caracterizada a entrada dos homens ímpios na comunidade? (1.4)
- Qual é o destino que, segundo o autor, já estava determinado para esses indivíduos? (1.4)
- De que duas maneiras específicas esses homens ímpios distorcem a verdade de Deus? (1.4)
- Qual exemplo histórico é usado para lembrar aos leitores sobre o juízo de Deus contra a incredulidade, mesmo após uma grande libertação? (1.5)
- Que grupo de seres celestiais é mencionado como exemplo de juízo por não manterem sua posição original? (1.6)
- Qual é a condição atual dos anjos que pecaram, enquanto aguardam o juízo? (1.6)
- Quais cidades são citadas como um exemplo de punição pelo fogo eterno? (1.7)
- Qual foi o pecado que levou Sodoma, Gomorra e as cidades vizinhas a se tornarem um exemplo de punição? (1.7)
- Como os falsos mestres são descritos em sua percepção da realidade e em sua conduta moral? (1.8)
- Além de contaminarem a carne, quais outras duas atitudes de rebelião os falsos mestres demonstram? (1.8)
- Quem é apresentado como modelo de contenção e respeito, mesmo ao confrontar o diabo? (1.9)
- Qual era o objeto da disputa entre o arcanjo Miguel e o diabo? (1.9)
- Qual frase o arcanjo Miguel usou em vez de proferir um juízo infamatório contra o diabo? (1.9)
- Como os falsos mestres reagem a assuntos que estão além de sua compreensão? (1.10)
- Em que áreas os falsos mestres se corrompem, agindo como animais irracionais? (1.10)
- Quais são os três exemplos do Antigo Testamento de homens cujos caminhos os ímpios seguiram? (1.11)
- Qual foi o motivo específico que levou os falsos mestres a se precipitarem no erro de Balaão? (1.11)
- Qual é a primeira metáfora usada para descrever o perigo que esses homens representam dentro da comunidade cristã? (1.12)
- Como eles são descritos em seu papel de liderança, comparados a pastores? (1.12)
- A que fenômeno natural são comparados, indicando sua falta de substância espiritual? (1.12)
- Como a sua esterilidade espiritual é ilustrada usando a metáfora de árvores? (1.12)
- Qual é o estado final das "árvores", que indica uma condição de morte espiritual irreversível? (1.12)
- A que são comparados, indicando que suas ações apenas manifestam sua própria impureza? (1.13)
- Qual metáfora astronômica é usada para descrever seu desvio e destino eterno? (1.13)
- Quem é o profeta do Antigo Testamento, identificado por sua posição na genealogia de Adão, que profetizou sobre esses homens? (1.14)
- Qual é o propósito da vinda do Senhor, segundo a profecia de Enoque? (1.15)
- Contra quem especificamente o Senhor exercerá juízo, conforme a profecia? (1.15)
- Quais são as três características que descrevem a atitude e o comportamento desses indivíduos? (1.16)
- Por qual motivo interesseiro eles se tornam aduladores de outras pessoas? (1.16)
- Do que os crentes deveriam se lembrar para não serem enganados? (1.17)
- O que os apóstolos previram que aconteceria no "último tempo"? (1.18)
- Qual seria a motivação por trás das ações dos escarnecedores dos últimos tempos? (1.18)
- Quais são as três características que identificam aqueles que causam divisões na igreja? (1.19)
- Em contraste com os divisionistas, quais são as duas primeiras ações que os crentes devem tomar para se fortalecerem espiritualmente? (1.20)
- Quais são as duas atitudes contínuas que os crentes devem manter enquanto aguardam a vida eterna? (1.21)
- Como os crentes devem tratar aqueles que estão em dúvida? (1.22)
- Qual ação drástica é recomendada para salvar alguns do juízo iminente? (1.23)
- Ao mostrar compaixão a outros, qual atitude deve acompanhar esse sentimento e o que deve ser detestado? (1.23)
- Quais são as duas grandes capacidades de Deus em relação à perseverança e apresentação final dos crentes? (1.24)
- Como os crentes serão apresentados diante da glória de Deus? (1.24)
- Quais quatro atributos de poder e autoridade são atribuídos ao único Deus, nosso Salvador? (1.25)
- Qual é o período de tempo em que a glória, majestade, império e soberania pertencem a Deus? (1.25)
