Os passos do pecado que levam à destruição


Quando vi entre os despojos uma capa babilônica, e duzentos siclos de prata, e uma barra de ouro do peso de cinquenta siclos, cobicei-os e tomei-os; e eis que estão escondidos na terra, no meio da tenda, e a prata, por baixo.” (Josué 7.1-21) 


Este texto é o clímax de todo um contexto maior de um problema mais sério que se abateu no meio do povo de Israel. Josué havia ido com o exército atacar a cidade de Ai. Era um povo fraco e conforme relatório dos espias com apenas três mil homens (Js 7.2,3) poderiam vencer. 

Qual não foi a surpresa. Quando chegaram para a batalha os israelitas foram perseguidos pelos inimigos (vv. 4,5). 

Josué rasga suas vestes e clama a Deus. O Senhor lhe revela que havia pecado no meio do povo, pois alguém havia desobedecido suas ordens e havia apanhado coisas abomináveis como despojo de guerra, coisas que haviam sido proibidas por Ele. 

Acã, como vemos no texto, haviam tomado ouro, prata e uma capa babilônica. A consequência desse pecado trouxe derrota no meio do povo. 

Isso nos ensina que devemos saber que o pecado não vem no coração abruptamente. É decorrência daquilo que alimentamos nele, tornando realidade. Ninguém peca inocentemente.

A pessoa é orientada, informada, instruída, aconselhada para não fazer aquilo que Deus abomina. Todo pecado é voluntário. 

Vejamos os passos de Acã para aprender sobre os passos do pecado que levam à destruição... 

1 – EM PRIMEIRO LUGAR ACÃ DIZ – “EU VI” 
“Eu vi – uma boa capa, duzentos siclos de prata e uma barra de ouro.” 

Pelos valores materiais muita gente vende sua moral e não tem o menor escrúpulo em comprometer a sua fé e até a de seus familiares e irmãos. Acã lembra Eva no Paraíso. Ela foi até a árvore ver o fruto, justamente àquele que Deus havia proibido. 

Não somos livres de ver o que se passa no mundo. Todas as coisas estão expostas à nossa frente. O problema é quando somos tentados a fixar o olhar naquilo que não se deve. O Rev. Billy Graham escreveu: “Senhor não posso evitar o primeiro olhar, mas ajuda-me a evitar o segundo.” 



2 – EM SEGUNDO LUGAR ACÃ DIZ – “EU COBICEI” 
“Cobicei-os” – A cobiça brota no coração após vermos e alimentarmos o desejo por aquilo que não condiz com a moral cristã. Acã diz a Josué que depois de ver aquelas coisas – cobiçou-as. Ela, nesse caso, foi instantânea. 

Thomas Watson escreveu que: “A coceira da cobiça faz com que o homem meta a unha em tudo que é dos outros”. 

3 – EM TERCEIRO LUGAR ACÃ DIZ – “EU TOMEI-OS” 
A pessoa que alimenta o pecado não se contenta enquanto não o concretiza em sua vida. Acã, contrariando todo mandamento e determinação de Deus toma para si aquilo que estava proibido. 

O pecado surge em decorrência daquilo que Deus não quer, daquilo que Ele proíbe. “Não cobiçarás” diz o Senhor em Ex. 20.17. 

Acã contrariando todos os princípios divinos toma as coisas abomináveis, amaldiçoadas por Deus para si. Quanta gente há que está tomando para si coisas que não condizem com a sua fé, que não edificam a sua alma. Coisas proibidas por Deus. 

4 – EM QUARTO LUGAR ACÃ DIZ - “EU ESCONDI” 
Só se esconde aquilo que não é permitido, que foi adquirido de maneira desonesta, errada ou inescrupulosa. Acã viu que havia errado e escondeu pensando que estavam ocultas aos olhos de Deus. A maior ofensa é quando se pensa estar ocultando o pecado do povo e de Deus fazendo assim pouco caso dEle. 



Estamos mais preocupados em ocultar as coisas erradas, do homem, simples mortal, do que de Deus, o Eterno e Poderoso Criador. O que você fala das pessoas ao redor da sua mesa ou no oculto do seu quarto não está velado aos olhos do Eterno. 

Conclusão
O final dessa história é trágico. Os vv. 22 a 26 nos mostram que o pecado foi revelado por Deus e Acã e sua cúmplice família foram apedrejados, mortos e enterrados com todos os seus bens. 

O Rev. Matthew Henry escreveu que: “quem sempre se contenta, embora tenha pouco, é muito mais feliz do que aquele que está sempre cobiçando, embora tenha muito.” 

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